Resistir é para os fracos

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Essa fanfic foi dedicada a uma hashtag no Spirit a #CorvosQuarentenados do jornal da minha alma gêmea, disponível na minha conta também (Spirit Fanfic).

Boa leitura e não deixem de clicar nessa estrelinha aí em baixo e comentar muito.

Amo vocês

xxx

Akaashi era o típico cara de ótima aparência, altura consideravelmente boa, cabelos escuros e sedosos e um esplêndido sorriso - que raramente era visto, tipo, quase nunca. O que atrapalhava, na concepção de terceiros claro, eram as expressões neutras e o olhar frio quase sempre entediado para tudo no mundo que não fosse voleibol, o único momento em que se podia contemplar aquele sorriso perfeito de lábios levemente curvados para cima numa clara, porém sutil, demonstração de satisfação com seus levantamentos perfeitos. Um cara de poucas palavras e reações nada exageradas, muito sério e responsável.

E apesar da boa aparência, bom senso e responsabilidade - incluindo uma carreira de sucesso no vôlei universitário -, sendo até mesmo cotado, na vizinhança em que morava desde os quatro anos, como o melhor partido de todos e "uau, a garota que se casar com você vai ser uma mulher de sorte!", Keiji abominava relacionamentos, com todas as forças existentes no cosmos do universo, a nivel de estar solteiro desde o dia em que nasceu. O que, é claro, não o impediu de ter algumas aventuras esporádicas na vida, que se resumia em apenas uma.

Não se arrependia de tal feito, que fora inclusive, meramente por curiosidade, só não foi o que imaginou que seria. As pessoas pintavam tanto o sexo, que quando akaashi chegou enfim a experimentar, achou tudo meio cinza demais, ficando a questão... podia mesmo ser melhor que isso? Jamais saberia...

Enfim.

A coisa era que, apesar de repudiar relacionamentos e afins, hoje, Akaashi Keiji tinha acordado com uma vontade absurda de namorar, bem... ele acordou com uma vontade absurda de transar (hormônios, vai entender), uma coisa extremamente normal para qualquer jovem de 23 anos em abstinência desde os 17 - nem um beijinho sequer, quase como um celibato.

Entretanto, possuidor de uma personalidade quase indiferente a vida na terra, para ele, transar era impossivel, Akaashi determinou então que o que sentia era apenas uma carência e o desejo de um relacionamento que nunca teve, menos impossível que sexo casual, mas impossível por si só. E era apenas por um dia também, essas coisas viviam acontecendo, condição humana, não havia o que pudesse ser feito sobre isso, um dia voce acorda querendo tranzar e no outro desejando matar alguem. Super normal. Ele só precisava sobreviver a esse dia, e no dia seguinte voltaria a repudiar relacionamentos e contato humano outra vez. Fácil.

Com pensamentos positivos sobre manter sua pureza a seis anos intacta e preservada, por outro lado, a negatividade e tristeza de não ter aquele contatinho no celular de "hey, e ai, bora transar hoje?" Akaashi saiu de casa para ir ao mercado. Percurso simples e rápido de uns 15 minutos a pé de casa até o centro. Esfriar a cabeça, acalmar os hormônios, parar de pensar em beijos quentes com saliva escorrendo pelos cantos da boca, línguas mornas entrelaçadas por horas e horas, mãos atrevidas aqui e ali, fodendo alguém de quatro sobre a escrivaninha de seu quarto, ou sendo fodido de pé no chuveiro, tapas estalados e puxões de cabelo.

A mente de Akaashi dava tantas voltas que por um momento ele se sentiu tonto e excitado no meio da rua, simplesmente humilhante. Mas o melhor que poderia fazer agora, era comprar logo as batatas e cenouras que sua geladeira implorava e voltar pra casa para uma longa tarde de masturbações e revistas de vôlei misto.

Mas é claro que o universo não pensava igual, e também não podia permitir que Keiji passasse um dia sequer sem ouvir um grande e estrondoso: "- AAKAAAAAAASSSHHIIIIIIIII!!!" - de um Bokuto completamente eufórico correndo em sua direção.

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⏰ Última atualização: Jun 17, 2020 ⏰

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