you're poison

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Eu quero te amar, mas é melhor eu não tocar
Eu quero te abraçar, mas meus sentidos me dizem para parar
Eu quero te beijar, mas eu quero isso demais
Eu quero te provar, mas seus lábios são venenosos
Você é veneno correndo pelas minhas veias

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Uma semana antes...


A casa simples se parecia com qualquer outra naquela pequena vila, não tinha nada de especial e não chamava atenção de ninguém que não soubesse o que encontraria lá dentro. O homem estava receoso ao ser convidado para entrar, olhando tudo ao redor com cisma, não sabia como seria a casa de um assassino, mas jamais teria imaginado um ambiente tão comum e até acolhedor.

Um rapaz alto e bonito com vestes tão ordinárias quanto qualquer outro aldeão o recebeu com um sorriso gentil e uma reverência em cumprimento, o guiou por dentro até uma sala, onde, segundo ele, iria encontrar o que estava procurando. Não conseguia evitar os olhares apreensivos, tinha certeza que não estava no lugar errado, mas tudo era tão normal.

A sala não era grande, tirou os sapatos do lado de fora e pisou na madeira escura do chão. Era como um pequeno escritório, com uma mesa, algumas cadeiras, livros e escrituras. Na parede podia ver alguns suportes com espadas que pareciam bem afiadas. E, por fim, na cadeira estava um jovem rapaz, que apesar de ter notado sua entrada, não lhe deu nenhuma atenção e continuou focado no pergaminho em sua mão.

― Você é mesmo o assassino? O cara que matou o temido comandante Kim? ― Perguntou, o olhar desconfiado para o rapaz sentado à sua frente. Era difícil acreditar que alguém que parecia tão jovem e inofensivo fosse capaz das barbaridades que tinha ouvido antes de ir até ali.

― Me subestimar pela minha aparência pode ser um erro, talvez o seu último. ― A voz doce disse, com um quê de escárnio. Levantou os olhos para o mais velho e sorriu. ― Seja breve, o meu tempo custa tão caro quanto meu trabalho para que gaste duvidando das minhas habilidades.

Isso pareceu convencê-lo de certa forma. O homem se sentou na cadeira, ainda de frente para ele, e olhou para os lados, tentando mostrar que estava incomodado com a presença de mais pessoas naquela sala, mas o outro continuou com um sorriso mínimo no rosto e gesticulou para que começasse a falar. Suspirou profundamente, com certa arrogância, tirou dos bolsos de suas vestes uma pequena trouxa de pano e sacudiu para que visse que estava cheia de moedas de ouro.

― Isso vai ser mais que o suficiente, caso precise de armas e... outros itens ― Agitou as mãos, sem certeza de como dizer aquilo, nunca tinha contratado um assassino antes. ― O trabalho não é nada simples. Acredito que nem chega perto de algo que já tenha feito antes, mas não posso lhe dizer antes de ter certeza que vai aceitar.

Jimin riu e arqueou uma sobrancelha, olhando para o saco nas mãos dele.

― Por essa quantia? É claro que vou, então pare de tagarelar e diga de uma vez. Quem tenho que matar?

― O Rei Min ― falou, os olhos bem atentos ao rapaz, que não vacilou em sua expressão confiante nem por um segundo. ― Deve ser feito no festival que vai acontecer na semana que vem. É tempo suficiente para se preparar, acredito.

O rapaz abriu um sorriso ainda maior, parecendo completamente satisfeito com aquele pedido. Definitivamente era a primeira vez que a profissão que escolhera lhe dava algum gosto.

― Estaria pronto para fazer hoje a tarde se assim desejasse ― respondeu. Olhou para o outro rapaz parado ao lado da porta, com um aceno o fez se aproximar e pegar a sacolinha nas mãos do velho. ― Posso saber o motivo?

Poison | myg + pjmWhere stories live. Discover now