Só um encontro

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Olá gente! Esta é a minha primeira fic, e apesar dela ser meio antiguinha (a escrevi em julho 2019), eu ainda não sei muito bem o que estou fazendo.

❗avisinhos❗

☺ESTA HISTÓRIA É UMA FICÇÃO! Nenhum dos acontecimentos narrados aqui tem qualquer comprometimento com pessoas ou acontecimentos reais.
☺ O SHIP É HÉTERO! E a história foi idealizada assim, desde o início.
Indicado apenas para maiores de 14 anos.

Boa leitura!

Foi num domingo tedioso à tarde que o portuga da Coreia, Sungwoo teve a brilhante ideia de apresentar um amigo da época da escola para a solteira irritante e chorosa que reclamava, a seu lado na mesa da biblioteca, que a Coreia era um país mais maldito que o dela, que já tinha quase dois anos naquela droga de país e não tinha conseguido um namoradinho sequer pra ganhar doce no White Day, uma barra que ela tava cansada de segurar. O rosto da moça iluminou, dum jeito que parecia que tinha ganhado o prêmio máximo da telesena, quando ele disse que iria organizar um encontro de casais na próxima semana e quis saber se ela topava sair com um dos ex-colegas dele da escola de artes, o que mal foi citado e ela já aceitou, só perguntando se a voz do boy era boa de ouvir e abrindo novamente o livro de linguística coreana, porém mais feliz e animada do que antes.

Depois de muitas e muitas mensagens insuportáveis do amigo o chamando pra mais um sogetchim, finalmente JK foi vencido pelo cansaço e acabou aceitando, e ao invés de se livrar da perturbação virtual de Sungwoo, ganhou também a de Hoseok que estava espionando as mensagens do guri por trás do ombro dele, e começou a ladainha de horas de como ele finalmente ele ia sair da seca e não podia ser uma transa normal ㅡ coisa que o coitadinho nem tinha cogitado ainda ㅡ tinha que ter um adicional pra valer todo o tempo perdido sem pegar alguém decente por mais de meses. Hoseok como o bom hyung que diz ser, indicou ao mocinho que fizesse uma boa depilação, para causar boas impressões na moça, que poderia até virar casinho fixo se desse certo ㅡ e muito queria ele que desse certo, já estava cansado de ver o mais novo gastar todo detergente da casa em poucos dias com as "lavagens de emergência" das roupas de cama ㅡ e teria que dar.

Animada ela estava com o tão aguardado encontro, mas a vida não parava, nem o emprego de meio período como depiladora, então entre um e outro cliente daquela quinta, apareceu um bem bonito, lá pela chamada da senha 27. Claramente o homem estava nervoso gaguejando toda vez que ela fazia alguma das perguntas padrão pra confirmar os dados da ficha ㅡ sobre possíveis alergias à cera e pontos sensíveis a serem evitados ㅡ e ficando mais vermelho a cada pergunta, mas nada superou o engasgo quando ela comentou a bravura dele ao ter escolhido a depilação brasileira ㅡ coisa que só ele sabia, não tinha sido escolha, mas uma imposição do hyung ㅡ e avisou que poderia ficar um pouco dolorido por algumas horas. 

Foi de longe a sessão mais cômica do dia, o cliente se segurava para não se debater a cada repuxe nos pelos, e ainda nem tinha chegado às áreas mais dolorosas e sensíveis; foi preciso que ela ficasse repetindo, praticamente a cada nova aplicação, que ele não gritasse, coisa que era visível nas feições do jovem que era quase impossível, o rosto vermelho, as veias saltadas e os olhos arregalados denunciavam os gritos suprimidos. 

Aquilo estava mais parecendo uma sessão de tortura, depois que a vergonha de não ter ao menos aparado o matagal, passou, vieram as perguntas, e ele só conseguia torcer pr'aquela mulher começar a trabalhar logo porque estava sendo humilhante estar deitado naquela maca, exposto e começando a sentir frio, e por algumas vezes vindo umas preocupações idiotas como "será que eu sou o menorzinho que já apareceu por aqui?"; "eu deveria ter tomado um banho mais caprichado?"; "espero que ela não perceba que eu nunca me depilei assim antes". Quando a "entrevista" acabou e começaram os trabalhos, o alívio durou pouco, só o tempo da cera quente fazer contato com a pele e secar, nos minutos seguintes só o que ele conseguia raciocinar no meio da dor repentina era algo entre "Estou sendo mutilado! Ela arrancou o Jeonzinho fora!" e "Como que eu não vou gritar? Você está tirando minha alma junto com os pelos, maldita!". Passados cerca de cinco minutos de pânico absoluto e algumas lágrimas seguradas na força do ódio, quando ele achou que havia acabado, sentiu um cutuque de leve na coxa direita e conseguiu ouvir ㅡ com a mente nublada pela dor e os xingamentos ao hyung ㅡ a estrangeira pedir com gentileza ㅡ totalmente oposta às técnicas evoluídas de tortura que ela estava aplicando em si ㅡ que ele se virasse de ladinho ou de bruços para começar a segunda parte da depilação antes da finalização. A vergonha já tinha ido pro brejo com vaca e tudo, então com a força que lhe restava da dor, ele se pôs de bruços e aguardou a morte lenta e dolorida que o esperava, que não veio em menos de 10 segundos, e ele sentiu mãos direcionando seu quadril para cima e ouviu a voz baixa e abafada pela máscara da profissional, pedindo que ele ficasse numa posição um pouco mais "aberta" para facilitar o acesso com a cera e diminuir a chance de dor; foi ouvir isso e num pulo o moço já tava praticamente de quatro na maca, mandando um foda-se para a vergonha ao mesmo tempo que escondia o rosto entre os braços cruzados.

À BrasileiraWhere stories live. Discover now