Uma carona profana

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Uma vez voltando do trabalho, às 18h, me pego andando pelo meio fio e tentando não cair no asfalto senão a lava me queimaria. Adorava brincar com esses jogos mentais para passar o tempo. De repente senti uma luz forte por trás de mim e percebi que tinha um carro me seguindo bem devagar. Não me assustei, mas fiquei desconfiado já que não conseguia ver o rosto do motorista. Ele me acompanhou e ao chegar do meu lado baixou o vidro e perguntou se eu não queria uma carona até em casa. Eu aceitei, pois reconheci o motorista — o padre da paróquia do meu bairro. Confesso que aceitei também com a intenção de acontecer algo sexual, afinal ele nem era tão velho, aparentava ter uns 47 anos. Gordo e bastante afobado de dirigir, parecia apressado e com medo de algo. Ao entrar no carro, ele começa a passar a mão na minha perna perguntando de onde eu vinha.

— Tá vindo de onde?

— Do trabalho

— Ah, legal. Você é muito bonito, sabia?

— Obrigado ...

— Você sempre pega esse caminho quando volta do trabalho?

— Sim

— Você não quer dar mais uma volta no meu carro?

— Errr, pode ser, pra onde vamos?

— Você decide

— Mas eu não sei...

— Que tal motel?

— ....

— O que me diz?

— Pode ser

Ele me levou até um motel que ficava por detrás da cidade e que era de difícil acesso. Entramos, mostramos nossos documentos e conseguimos um quarto.

— Vou ao banheiro

— Ok

— Tira a roupa pra ficar mais confortável, bebê.

Volto do banheiro e o padre estava deitado nu na cama se masturbando pedindo pra eu masturbá-lo. Eu fiquei desconfortável na hora, e comecei a pegar no pênis dele que não estava totalmente ereto.

— Não vai colocar na boca?

— Não

— Por que não, lindo?

— Não chupo

— Entendo, mas vem aqui pra cima de mim.

Aquele homem era muito estranho, ele tentou várias vezes meter, mas eu prendia e vi que ele estava ficando um pouco apressado para algo. Depois de algumas tentativas fracassadas de me comer, ele pediu para eu ficar de bruços enquanto ele se masturbava. Achei toda esse cenário tão deprimente, ele lá se esforçando para gozar logo com os olhos fechados atrás dos oclinhos redondos que ele usava. Ele gozou e foi ao banheiro se limpar. Enquanto isso, eu fiquei lá na cama nu e refletindo no que eu tinha acabado de fazer. Era para eu estar em casa escutando música e conversando com meus amigos como eu sempre faço depois do trabalho. Me arrependi de ter desperdiçado meu tempo com aquele senhor e de tê-lo frustrado daquela forma. Mas eu não queria dar.

— Vamos pra casa?

— Bora, eu te deixo na avenida para ninguém desconfiar de nada.

Uma carona profanaWhere stories live. Discover now