World War

1 - A estrela cadente.

[ 23 de dezembro, ano de 2018. ]

A véspera de natal nunca podia ter chegado com tanta força na cidade de Cazã, na Rússia. Todos estavam muito alegres com a celebração, e não podia ser diferente. Pisca piscas em cenários de grande porte, árvores de natal por todos os lados e também músicos que animavam as ruas da cidade com canções gospels belíssimas de se ouvir. Que não adora comemorar o nascimento do menino Jesus?

Era assim que Anddrew pensava, sempre que estava com a família e os amigos mais próximos a este. Nunca deixou que um natal ou até mesmo a véspera escapassem, e o rapaz era tão amante do dia que fazia questão de demonstrar sempre. Não é atoa que as pessoas ao seu redor gostam tanto dele e o consideram um amigo/parente incrivel e animado. Poderiam não ter melhor por perto.

[ 08:21 da manhã. ]

Anddrew estava descansando em sua cama, mantendo um sorriso no rosto pois sabia muito bem que dia era aquele agora. Batuques puderam ser ouvidos na porta do quarto onde este estava, e então uma mulher adentrará o recinto do garoto rapidamente, o observando dormir. Mas logo se sentando ao seu lado, acariciando-lhe os fios sedosos e longos cuidadosamente,  por fim enterrando ambos os dedos da palma entre eles. Esta mulher, era sua mãe.

– Filho...acorde. – Ela Proferiu em um tom suave, não querendo despertar o filho e o assustar.

– Uh... – Resmungando, se virou lentamente de lado e ficou reto, abrindo os olhos e suspirando, abriu-os com cuidado, então avistando sua mãe á sua frente. – Bom dia, mama.

– Bom dia, querido. Espero que tenha conseguido descansar, porque o dia hoje será longo. – Risos saíram por entre os lábios finos, e a moça voltou a se levantar.

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Após algumas horas passadas, o homem já se encontrava vestido e higienizado também, não demorou para nada disto. Desceu as escadas e olhou ao redor de sua casa, tudo estava muito bem arrumado e organizado ali em baixo. A árvore de natal, as luzes não nítidas e a mesa com várias refeições diferentes davam brilho aos olhos de Anddrew que o fazia abrir um sorriso enorme.

– Aha, olha quem acordou! – Comenta uma voz feminina e doce, que vinha na direção do garoto para o abraçar fortemente. – Como está, querido?

– Bom dia, Tia C. – Sorriu pequeno quando recebeu a parente e resmungou silencioso quando recebeu um selar na bochecha. – O Tom e o tio Jack estão aqui também?

– Todos estão, meu bem. O seu pai, os seus tios, a sua avó. Ah! E os seus amigos também, principalmente aquela tal de...err... – Pôs os dedos no queixo, tentando começar a relembrar o nome que queria até fazer uma expressão espontânea quando conseguiu. – A sua amiga, Laura.

Neste momento, o seu corpo travou e a única coisa que conseguiu fazer era engolir em seco. Soltando um suspiro, assentiu e jogou os fios para trás. – Podemos ir até lá? – A tia, confirmando sua resposta, manteu a palma por cima das costas dele e os levou até a área de lazer, onde todos estavam. Algumas pessoas se encontravam sentadas na grama, crianças corriam pela neve que insistia em cair, e o piquenique estava divertido, pelo menos era o que aparentava.

Quando andou mais alguns passos para frente, de cara avistou os seus amigos e entre eles, estava Laura, a menina na qual Anddrew era perdidamente apaixonado. Era claro, ela não sabia disto, e ele não sabia se era recíproco. Por isso, procurava sempre manter isso para si e ir sempre tentando deixar claro o que queria. Foi se aproximando deles enquanto recebia os familiares, e quando chegou perto, acenou para todos.

– E aí, Mark. Tudo em cima? – Um dos rapazes ali o chamou pela abreviação de seu sobrenome, sorrindo com os dentes amostra.

– Você parece com fome. Quer comer um bolinho? – Questiona uma de suas amigas também, erguendo o alimento.

– Não gente, eu estou bem. – Retrucou-lhes com um breve riso, mas então voltou seu olhar para Laura, se sentando ao seu lado. – Que bom que você veio.

– Não poderia perder isso tudo e ficar sem te ver. – A menina foi sincera para ele, e a sua observação no rapaz era nítido, obviamente.

Só que algo aconteceu naquele momento. O céu "piscou" por alguns segundos e se manteve em uma cor avermelhada, então tudo voltou ao normal. Quando todos, inclusive o protagonista, olharam para cima e tentaram ver o que era, perceberam que uma estrela cadente estava indo em direção ao centro da cidade agora...mas era de manhã cedo, e não noite para algo como aquilo surgir assim.

Assim que a "estrela" caiu então no meio da cidade, uma explosão enorme foi-se feita, criando um cogumelo largo e desastroso para o alto que fez um raio de explosão enorme a ponto de fazer as casas ao lado, inclusive a sua, começar a se despedaçar inteiramente. Era óbvio que as pessoas se desesperaram com aquilo, saindo correndo e gritando como nunca, e desesperadas por algo tão aleatório assim simplesmente ter acontecido. Mas Anddrew...observava aquilo, sua vida sendo acabada ali mesmo.

(CONTINUA).