Somente uma luz amarelada e fraca iluminava a mesa no quarto escuro. A lâmpada falhava. O suor escorria por sua testa. Para além da luzinha fraca da lâmpada, tudo era breu. Trec. Trec. Um barulhinho de algo se encaixando. Como uma trava que se aciona. Ele não podia ver as paredes manchadas. A respiração dolorida. O ar parece veneno. Desce queimando a garganta. Inspira e expira. A visão está turva. Duplica a mesa e a lâmpada. Levantou. Um passo após outro. Se apoiou na mesa. A luz torna a falhar. Se apaga. Escuridão. Os gemidos aumentam. A lâmpada acende, fraca. Uma Glock pesada em sua mão. Ele levanta o braço. Aponta a arma para a própria cabeça. Sua pálpebra treme. Uma lágrima escorre no rosto avermelhado. A cabeça é espancada. A arma cai junto com o braço. Em seguida o corpo. Sangue. O mundo se apaga. Não havia como fugir da Coisa. A Coisa o pegou.
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A Coisa no Escuro
Horrorum conto de suspense com no máximo 156 palavras! Isso mesmo. É um desafio. O personagem se vê numa sala escura, preso. Amedrontado e com uma Glock na mão. Triste destino.