Love Like You • Catradora [One Shot]

Capítulo Único

— Estejam no salão no horário por favor. Vai ser incrível todos chegando juntos — Sparkles diz, sua animação chegava a ser irritante.

Mas eu gostava da ideia de uma festa. Podia curtir um pouco com Adora. Falando na loira, até agora ela não havia voltado. A rainha havia a mandado ir averiguar uma explosão suspeita próxima ao vilarejo de Theymor. Mas ela estava bem. Era a She-Ra. Tinha superpoderes e uma espada. Era quase imbatível. E sexy. Nunca a diria isso, mas aquela calça a deixava extremamente gostosa.

— Vossa alteza, She-Ra voltou — um soldado diz.

Vou quase correndo até a porta. Quando a vejo corro mais rápido e pulo nela, a pegando de surpresa.

— Catra, ouch.

— Você demorou! Já estava pensando na ideia de ir te buscar.

— Um grupo de criminosos me pegou de surpresa.

— Puff. — Levanto e a ajudo. — O que são um bando de otários pra você, hm? — Dou um soco de brincadeira em seu estômago, mas a vejo gemer de dor.

— Ai! De novo! — diz brava.

— Nem foi forte. Qual é? Vai se fazer de fracote?

— Catra- — Respira fundo. — Esquece. Eu vou pro meu quarto tomar um banho.

— Ei, espera. — Seguro seu pulso. — Glimmer vai dar uma festa hoje a noite, às sete. Você vai comigo, né?

— Não sei não... Eu tô cansada e só quero tomar um banho e dormir. Você se importa de ir só?

— Mas- eu pensei que você iria comigo... É minha primeira festa.

— É mesmo importante pra você? Ok. Eu vou. Só me deixe tirar um cochilo.

E sai andando. Impressão minha ou ela estava mancando um pouco? Nah. Deve ser coisa da minha cabeça. Adora nunca mostra suas fraquezas. Que nem naquela vez que ela torceu o tornozelo num teste de velocidade do treinamento da Horda e continuou correndo normalmente.

Vou até o jardim procurando por Melog. O encontro pendurado numa árvore tirando uma soneca. Subo também e fico ali com ele respirando o ar fresco de Bright Moon. Era bom estar ali. Era diferente da Fright Zone, mas com certeza para melhor. Mas o motivo de eu me sentir em casa ali estava dormindo um dois andares a cima.

(...)

Estava no meu quarto terminando de me arrumar. Meu quarto no caso aonde apenas estavam algumas das minhas roupas, porque eu praticamente vivia no quarto de Adora. Termino o nó da minha gravata e passo a mão pelos cabelos. Gostava deles assim, curtos. Penso muito mas decido passar o perfume que Scorpia havia me dado um tempo atrás. Era cheiroso, amadeirado. Dou uma última olhada e gostava do que via. Vermelho definitivamente era minha cor.

Ando pelos corredores infinitos desse castelo – tinha certeza que não havia o visto inteiro. Mas sabia ir até o quarto de Adora de olhos fechados. Bato na porta. Nada.

— Adora? Está pronta? — digo ainda batendo. Silêncio.

Decido simplesmente entrar. O quarto estava escuro. Ligo a luz e só vejo um corpo roncando baixo entre as cobertas. Não acredito que ela ainda estava dormindo! Já são quase 19h!

— Adora. — A cutuco. Continuava imóvel. — Adora! — Balanço seu corpo. Ainda nada, ressoava calmamente. — ADORA!

— O quê?! — Senta, alerta, com uma adaga em mãos, tirada de Deus sabe onde. — Ah, oi, Catra.

— Sabe que horas são?

Vejo seus olhos arregalarem. — A festa! Me desculpe, eu apaguei depois do banho. Eu vou me arrumar.