Epilogo

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Ola, como estão? Essa é a minha primeira fanfic no universo Harry Potter e eu espero que vocês gostem.

Tenho alguns avisos importantes antes da leitura:

Sim o foco da história é o Snape e essa outra personagem original, porém não somente. Todos os personagens irão aparecer e teremos muitos flashbacks com o passado.

A história não segue a risca os acontecimentos dos livros porque a história abordada por eles não é a principal ainda que tenha alguma influencia direta sobre alguns acontecimentos na fic.

Amo sugestões e suposições e ideias então se vocês tiverem são muito bem-vindas, e gosto de receber criticas para poder sempre evoluir.

No mais espero que possamos nos divertir.

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O vento frio de novembro batia contra a janela e pelas frestas invadia o quarto. As paredes brancas e impessoais tornavam a ambiente ainda mais gélido, se precisasse, a casa seria capaz de jurar que ninguém a habitava há séculos.

A sua estação favorita do ano estava se aproximando e em breve todo o horizonte estaria coberto por pequenas partículas de neve. Mas infelizmente naquele ano não conseguiria apreciar a bela vista que tinha da janela. A mansão afastada do centro caótico e coberta por uma vegetação impecável havia sido seu refúgio por quase 15 anos. O brasão da família imponente brilhava em cada pequeno cômodo da casa, e eram eles sua única companhia – Além é claro de alguns muito quadros falantes – E não seria fácil deixar a calmaria da solidão para trás, ainda que não tivesse se permitido criar raízes ali.

Mas já faziam semanas que planejava aquela volta, semanas que se corria sem conseguir esquecer a possibilidade de simplesmente voltar a viver a vida que lhe havia sido roubada, de pegar para si as pessoas que o destino havia levado embora. Semanas que não conseguia parar de pensar na possibilidade de enfim o rever.

Suas mãos se fecharam em volta da última mala que fazia, ainda com os olhos perdidos no horizonte procurando entender se aquela era a melhor decisão a ser tomada. A resposta não vinha, mas todo seu corpo queimava em agonia, e se não era aquele um sinal de que deveria enfim partir, então qual seria?

As luvas de couro em tons de laranjas escorreram por seus dedos cobrindo a profunda cicatriz que carregava. Seus olhos fugiram brevemente para o espelho e os cabelos laranjas como fogo estavam ainda mais quentes naquele começo de manhã, a saia longa e preta desenhava seu corpo junto a uma sutil camisa de seda da mesma cor, o sobretudo, que arrastava no chão, vinha por cima como uma capa grossa a protegendo do frio, e a única cor em seu corpo além das luvas e dos cabelos alaranjados, eram os olhos claros como o mais belo oceano, mas tão vazios quanto as profundezas do mar.

A mulher jogou a capa por seus cabelos, e diminuiu cada um de seus objetos os fazendo caber em uma pequena mala de mão, com um simples feitiço sem varinha. E com um último suspiro se despediu de sua casa pronta para finalmente voltar a encontrar seu lar.

Era aquela sua despedida, não voltaria tão cedo, e por sorte, se voltasse não voltaria sozinha. Cada cômodo daquela casa sabia o quanto ela era grata por ter se protegido ali, mas não podia mais se esconder, não queria mais se esconder. Se tudo desse errado então pelo menos mataria a dor da saudade em seu peito uma última vez.

Fechando os olhos ela não mais pensou, e com força se agarrou a mala em sua mão e ao pingente que carregava no pescoço.

Ainda que um pouco enferrujada a bruxa aparatou em Hogsmeade, e sem que percebesse soltou todo o ar que prendia em seus pulmões. O local permanecia exatamente igual, e sorriu pela primeira vez ao se dar conta de que dali em diante não estaria mais só.

O corpo pequeno andava em passos apressados, a enorme capa preta a impedia de ser reconhecida, queria ao máximo evitar burburinhos antes de finalmente chegar ao seu destino, e por sorte não era tão incomum que pessoas esquisitas andassem sem querer ser reconhecida por ali. Rapidamente a ruiva andou em direção a Dedosdemel e respirou fundo antes de entrar, a partir do momento que passasse por aquela passagem sua presença seria sentida.

A porta da enorme doceria bateu atrás de si, e por sorte ninguém ali presente estava de fato interessada em sua presença, seus olhos caçaram o objeto de desejo e sem perder tempo se perdeu em direção ao estoque da loja. Dissedium o feitiço deslizou por seus lábios próxima ao chão da loja vendo a passagem se abrir, os lábios rosados se curvaram em um pequeno sorriso; como era bom lembrar da menina travessa que ainda morava em si, e enfim leva-la de volta para casa.

O resto era sensação e assim ela correu apressadamente por entre os labirintos em direção a saída. Era cedo, mas a maioria dos alunos ali presentes já estavam em aula, com sorte os corredores da escola estariam vazios e passaria despercebida. Com um simples feitiço sobre si a mulher se escondeu nas sombras e percorreu os corredores da velha escolha. Seu corpo todo vibrava, em uma estranha excitação e um completo pavor. Estava de volta.

O corpo pequeno parou em frente a entrada da principal sala daquele lugar, a senha pouco importava, um pequeno estilete deslizou por seu dedo e o sangue real escorreu em direção ao segundo feche de entrada. A escada reconheceu sua linhagem e se abriu para ela.

"Thanks Father" -pensou.

Tudo ali permanecia exatamente igual, cada parede, corredor, até aquele escritório. Nenhuma pena havia mudado de lugar em mais de 15 anos. E era no mínimo assustador.

Passos apressados vinham em direção de onde estava e rapidamente a mulher procurou as sombras. O velho diretor vagava por todos os lados, ele já sabia, sabia no momento em que ela havia chego ali, e aquilo não a surpreendia.

–Eu sei que está aí. -O velho professor olhou em direção as sombras como se pudesse a enxergar, seguiu em direção a mesa, puxou a cadeira e se sentou, paciente. –Ninguém nunca atravessou tão sorrateiramente minha escola e meu escritório quanto você. -Sussurrou. –Deve agradecer muito aos seus ancestrais, qualquer um teria sido pego pelas minhas armadilhas. -Ele sorriu. -Mas não você, nunca você. -Seus dedos batiam contra a madeira da mesa esperando pacientemente por ela. -Mas ainda que permanecesse somente em Hogsmeade eu saberia da sua presença, você brilha, Srta.Gryffindor. -A ruiva sorriu, ele era um dos poucos que ainda lhe dizia isso.

–Não tanto quanto já brilhei um dia... -Lhe respondeu em um suave tom dando um passo para fora das sobras. A capa preta deslizou por seus cabelos revelando o belíssimo rosto pálido que encobria.

–O que faz aqui, Julianne? -Perguntou quando seus olhos se encontraram. Se possível ela estava ainda mais bonita do que ele se lembrava, e não pelos cabelos que brilhavam como fogo, ou os olhos que permaneciam tão claros quanto o oceano. Beleza era um de seus dons, e mesmo que tentasse não conseguiria se livrar dele. –Já fazem anos.

–Eu vim vê-la, Alvo. -Derramou sem ensaios, e o velho diretor não se mostrou surpreso. –E eu sei que espera essa minha visita há cinco anos. -Em passos curtos se aproximou.

–Espero por essa visita desde o dia em que partiu, minha querida. -Dumbledore se colocou de pé dando a volta na mesa, com um sorriso se aproximo a puxando para um abraço. –Tem certeza que veio somente vê-la? -Seus olhos se encontraram. –Ele permanece aqui.

–Eu sei... -Sussurrou. –Mas perdi o direito de poder vê-lo há 15 anos, e sabes disso. Estou aqui por ela. 

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Vocês desejam uma apresentação de personagens? Posso colocar no final do proximo capitulo.

O que sentiram?

Quem é ela?

Quais misterios são esses?

Me conteeeem.

Tell Me Why? Severo Snape Where stories live. Discover now