E quem poderia julga-la? Quem detinha esse poder? Catarina gravou os rostos de todos que gritaram e pediram pela seu cabeça, todos que jogaram algo em si... Todos aqueles que lhe tiraram algo... Sua filha. "-Ela não verá essa menina, assim que a criança nascer será entregue a Augusto, ele cuidará dela... A princesa não deve conviver com Catarina! -Ordenou Afonso. -Consigam uma ama de leite. -Disse Amália em seguida. -Meu amor, ela... -Não Afonso, a criança terá sangue real... Mas, mais que isso, ela terá o meu sangue! " O que Afonso de Monferrato não esperava era que eles viriam por ela. "-Ela não deve padecer. -Disse Gregório. -Quem? -perguntou Beatriz. -A rainha Catarina. -Mas, ela fez... -Não importa! Devemos nossa lealdade a casa de Safyres, acreditamos que, se ela fez algo, foi pensando em nos. Preparem um corpo, a rainha não morrerá hoje. -E como fará? Ele sorriu. -Temos a ajuda de bruxas... Beatriz arregalou os olhos." Entre tantos reinos da Cália era improvável pensar que eles estariam sozinhos no mundo. Não, não estão e, mesmo não tendo o sangue real, ela fora coroada após a morte de sua mãe. "-Quem sois vos? -Perguntou um homem, ao notar um estranho adentrar o castelo. -Acaso não reconheceis sua rainha, Lorde Felipe? No mesmo instante o homem se ajoelhou e prostrou-se perante a mulher. -Minha Rainha, perdoe meu erro!- Suplicou. -Está perdoado, agora, prepare o exercito. Safyres tem uma herdeira que deve ser resgatada! Prepare os homens, temos que recuperar algumas coisas que deixei em Montemor e Artena. " Pois, a grande casa Safyres não esquecia dos seus... Não esqueceria dela. Salve Catarina, aquela que ressurge da forca, salve aquela que nem a morte consegue deter. Salve a Rainha de Artena e Safyres.
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