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Diga-me, coração, o que tens passado

Nessa terra em que só brota dor

Diga-me que não só o sangue tem regado

as cicatrizes do seu valor

Diga-me, coração, por onde andas

Pois não mais sinto suas palpitadas

Oiço sempre seus gritos na madrugada

E isso perturba a minha alma

Minha pele pálida chama pelo teu nome

O maldito frio que sempre te invejava

tomou conta de mim, do teu templo

E de todas baladas ferozes do silêncio

A tua é a que mais danço quando tarda

Então, diga-me, coração, o que tens passado

Diga-me, coração.

Ken_F18

SONETOS PARA O CORAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora