AMA-ME, BARTOLOMEU - LIVRO 3 [COMPLETO NA AMAZON]

Capítulo 1

BART

Eu sabia que em algum momento, todos ficariam sabendo da minha relação com Laura. Eu só não imaginava que fosse ser dessa forma. Um site pornô, sério? Eu não sabia quem era o idiota que havia feito isso, mas irei descobrir.

Meu coração ficou apertado ao vê-la correr para fora do Campus. Os olhos cheios de lágrimas, os lábios trêmulos...seja quem for, eu só queria socar até a morte por fazê-la chorar.No entanto, me sentia culpado. Mesmo sabendo das consequências, eu me deixei levar pelo tesão e isso causou um estrago na vida acadêmica de Laura. E isso era algo que eu não queria que tivesse acontecido.

Sentado na cadeira de frente para o diretor, cruzei minhas pernas, balançando o pé direito em nervosismo. Ele não deveria tirar a matrícula dela, e sim, questionar quem havia feito aquela brincadeira de mal gosto. É a nossa imagem que está sendo divulgada e sem a nossa permissão.

- Eu sinto muito, Bartolomeu, mas não posso aceitar que isso aconteça nessa faculdade. - Disse, me olhando com cuidado. - É errado, vocês infrigiram as regras da casa.

- Eu sei. - Falei, entredentes. - Mas isso não exclui o fato de que, os alunos que fizeram isso estão impune. Você deveria fazer alguma coisa!

Ele me olhou, surpreso pela minha acusação. Idiota! Ele acha que eu ficaria quieto vendo toda essa merda acontecer?

- Como sabe que foram os alunos?

- E quem saberia que somos professor e aluna além deles? - Devolvo a pergunta, erguendo uma sobrancelha.

Ele engoliu a saliva, afrouxando a gravata tosca. Revirei os olhos, não estou com paciência pra isso, tinha deixado Laura no carro e precisava cuidar dela. Não ficaria aqui ouvindo esse pedaço de merda.

- Bom, eu não sei quem foi que divulgou esse vídeo...mas, tenho quase certeza de que não foram nossos alunos.

Revirei os olhos, me levantando da cadeira. Não ficaria nesse lugar nem mais um minuto.

- Faça o que quiser, inclusive assinar minha carta de demissão. - Falei, puxando minha bolsa. - E pode preparar as paredes dessa faculdade, porque eu vou acabar com o infeliz que divulgou esse vídeo.

Deixei sua sala, tendo a visão do seu rosto preocupado. Quero que ele e sua faculdade se foda. Esses alunos mesquinhos precisam de uma boa lição e vão ter. Mexeram com a pessoa errada, ninguém faz mal para Laura e sai impune. Ninguém. Andei em passos rápidos para fora do Campus, até perceber meu carro vazio e correr mais ainda até ele. Laura tinha ido. Não estava dentro do veículo como eu pedi. Porra!

Entrei no carro, fazendo uma chamada para seu número de celular e saindo com o veículo. Ela pode estar no trabalho, ou em casa, mas eu nunca havia ido até lá. Ela não permitia. Todas as minhas ligações foram recusadas. Droga.

Durante o percurso, tentei mandar algumas mensagens, mas nem isso ela respondia. Assim que cheguei no Café & Cia, estacionei meu carro e corri para a entrada do pequeno estabelecimento. Não era o horário dela, ainda, mas por algum motivo a mesma está trabalhando.

Respirei aliviado por ver que ela está bem. Apenas com os olhos vermelhos, provavelmente de tanto chorar e o rosto um pouquinho inchado. Preocupado, entrei na fila de atendimento, esperando a minha vez. Preciso falar com ela, saber se está bem, tentar resolver essa situação toda. Eu não podia ficar de braços cruzados quando ela está sofrendo dessa forma.