Nairobi x Lisboa

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POV. Nairobi

Estamos todas a festejar. Não acredito que depois do assalto vou ficar grávida! Sorrio, até o Palermo vir-nos chamar a dizer que o Professor quer que conheçamos os outros.

- Já vamos - Diz a Tóquio, desligando a música e tirando as calcinhas da cabeça e arrumando-as.

Aí começo a pensar. Não será melhor contar à Lisboa que o Professor vai ser o pai? Eles namoram e prefiro ser eu ou o Professor a contar-lhe do que descobrir da pior maneira possível. Suspiro e quando a Tóquio e a Estocolmo saiem do quarto da de cabelos curtos, decido chamar a Lisboa.

- Lisboa, podemos falar? - Pergunto num tom meio receoso pela sua reação quando souber.

- Está tudo bem? - Pergunta ela, preocupada.

- Sim, mas prefiro que contar-te pessoalmente do que descubrires de uma maneira pior.

Ela encara-me, séria.

- Bem, é que eu pedi uma doação de esperma ao... Professor - Solto de uma vez e encaro-a. Ela encontra-se sem reação.

- O quê? - Pergunta ela, sem deixar nenhuma emoção escapar.

- Lisboa, eu só quero ter uma família de uma maneira que nunca tive e nunca desejei tanto isso. É o meu plano para depois do assalto e o Professor é... Um homem tão inteligente, bonito, honrado, sensível. E com princípios. - Começo.

- O que queres dizer com isso? - Cospe ela, sendo direta, levantando-se para me encarar. - Que estás apaixonada pelo meu namorado? Como o descreveste, deves estar, não?

- Não, não estou - Corto-a, levantando-me. - Eu, simplesmente, quero ter filhos e acho que o Professor seria um ótimo pai com tantas qualidades ótimas, não? - Encaro-a, acredito que ela também quer ter filhos com ele. - Eu perdi a oportunidade de ter uma família por a porra de um erro que cometi no passado e gostava de ter uma segunda oportunidade - Prossigo.

- O Sérgio é o meu namorado - Ela dá ênfase na palavra "meu". - Se ele tem de ter filhos com alguém, acho que eu tenho mais direito a ser essa mulher que tu - Diz ela e posso jurar que me pareceu ver uma lágrima bem pequena cair-lhe pela bochecha.

Coloco a mão no seu ombro, num ato terno, mas ela recusa e desvia um pouco a cara.

- Tens razão, Raquel, tens toda a razão - Concordo.

- Mas eu acho que depois do que passei - Suspiro. - Mereço uma segunda oportunidade e este é o meu plano depois do assalto.

- O Sérgio tem os seus planos, mas eu também tenho os meus - Digo, determinada.

- E eu serei o quê para essa criança? - Pergunta ela, sendo breve e direta.

- Serias a madrasta dele ou dela.

- Não acredito nisto! - Ela explode. - EU É QUE MEREÇO TER FILHOS COM ELE. TU ÉS SÓ UMA ALUNA DELE NESTE GOLPE. ACHAS QUE TENS MAIS DIREITO A TER UMA CRIANÇA COM ELE DO QUE EU? - Grita ela.

- Raquel, não... - Ela corta-me.

- Chega! - Ela sai do quarto, sem dizer mais nada e suspiro.

Já imaginava que ela podia sair puta da vida desta, mas era melhor que eu contar-lhe do que descobrir de outra maneira. Suspiro, olhando para o teto um tempo, pensando, e, depois, vou ter com o pessoal.




Espero que tenham gostado. Acho que todos precisavamos da treta da Raquel a saber que o Professor é o pai de Ibiza e decidi trazer-vos uma versão de como imagino a cena. Não se esqueçam que esta fanfic é aberta a pedidos. Basta comentar!

La Casa De Papel - One Shots [PORTUGUÊS]Where stories live. Discover now