Capítulo 5 - Curando-se

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Tulipa Potter narrando

Estar na mansão Malfoy era diferente de tudo o que eu já vivera na casa dos Dursley, assim que eu acordei de alguma forma a Sra. Malfoy ficou sabendo e veio me ver, ainda era difícil vê-la sem um óculos mas ela parecia preocupada. Ela me ajudou a tomar banho, me deixou comer o quanto eu quisesse e me deu várias poções para dor. Ela também chamou um bruxo especialista em óculos e pediu para ele fazer um novo para mim, eu até pude escolher alguns feitiços para colocar nele como: ninguém poder tirá-los do meu rosto sem a minha permissão, ser impermeáveis a água e maior resistência. Com alguns toques de varinha – que eu lamentavelmente não pude apreciar pela minha visão precária – o óculos estava pronto.

Assim que eu o coloquei o mundo ficou muito mais nítido para mim, eu não era completamente cega sem os óculos, eu sabia onde as pessoas estavam e conseguia ver os movimentos, mas era como se tudo ficasse meio borrado então eu não pegava muito bem os detalhes e a expressão das pessoas. A primeira pessoa que eu encaro era a Sra. Malfoy e o meu primeiro pensamento é: que linda.

Narcisa Malfoy é uma mulher alta, de longos cabelos loiros, nariz delicado e feições aristocráticas. Apesar de ter a idade de bem... Uma mãe... Ela também parecia um pouco com uma princesa da Disney que poderia fazer qualquer coisa. Ela tinha olhos em um tom impressionante de azul, usava vestes bruxas pretas que pareciam muito elegantes apesar de eu não entender muito bem a moda dos bruxos.

- Como está agora? Melhor?- a Sra. Malfoy pergunta em um tom gentil.

- Muito melhor, obrigada Sra. Malfoy – digo animada com os meus óculos novos, então me viro para o outro bruxo – quanto eu te devo?

Os Dursley só me deram um par de óculos quando eu tinha 6 anos e a minha professora escreveu que eu precisava de óculos e que eles deviam me levar até um oculista até a semana seguinte se não eu não teria permissão de ir a aula. A tia Petúnia escolheu o modelo mais barato que tinha e aquele foi o meu único par de óculos, eu sabia que as crianças trocavam de óculos de tempos em tempos e tinham que fazer exames nos olhos, mas até este momento os Dursley nunca se importaram com isso.

O meu novo modelo de óculos eram agora quadrados e um pouco maiores muito parecidos com o modelo wayfarer, com uma armação verde escuro para combinar com os meus olhos. O bruxo que os fizera para mim era um senhor de idade, talvez tivesse 60 anos, um tanto acima do peso e careca, apesar disso ele tinha uma barba branca enorme e usava grandes óculos com uma armação que mudava o tempo todo de cor.

- Me chame de Narcisa querida, por favor e eu insisto em pagar... Aliais, Severo gostaria de falar com você agora se você não se importar.

- Severo Snape?- pergunto porque era tão estranho ver alguém chamando o meu professor pelo primeiro nome e quando ela faz que sim com a cabeça eu sorrio – claro, sem problemas.

O professor Snape era o meu professor favorito de Hogwarts, não só por eu adorar a sua matéria mas também fora ele que me levara para comprar o meu material escolar no Beco Diagonal, convenceu os Dursley a me darem um quarto, me deu o primeiro presente da minha vida e fora um grande amigo da minha mãe na juventude. Ele me contou diversas histórias sobre ela e também parecia se preocupar genuinamente comigo.

Narcisa sai do meu quarto com o outro bruxo e eu aproveito para me avaliar, eu estava usando uma das camisolas que Daphne me dera que alguém devia ter pegado nas minhas coisas. Os meus machucados haviam diminuído consideravelmente. Eu já não sentia dor em quase nenhum lugar do meu corpo – a magia é realmente incrível – e exceto por um excesso de cansaço eu estava bem.

Tulipa Potter e a Câmara SecretaWhere stories live. Discover now