Kim hongjoong

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Não sabia exatamente para onde iria, não sabia nem em que dia estava, estava tão concentrado em encontrar seus pais que nem ligava. passou em frente ao bar e escutou uma voz muito familiar, olhou para a pessoa que agora ria acompanhado de alguns amigos, não sabia o que estava sentindo naquele momento, um pouco de medo, tristeza ou talvez até raiva.

- eu tinha um sobrinho, mas ele se suicidou quando era mais novo - falou e começou a rir - foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

ouvir aquilo foi a gota d'água, sempre foi alguém tranquilo e que não matava nem uma formiga, mas naquele momento sentiu o ódio crescer e vontade de vingança. sabia o momento perfeito para agir, todos da mesa se levantaram e se despediram, seguindo caminhos diferentes em seguida.

antes de seguir o homem que estava a pé, entrou no bar e pegou a caixa de fósforo que estava em cima do balcão, começou a segui-lo, viu um posto bem no caminho que estavam indo e pegou um pouco de gasolina, não sabia se sentiria mais livre ou leve mas queria vê-lo queimar até o inferno, o mais justo por todos esses anos. estavam no meio do mato, não tinha carros passando ou casas por perto e colocou seu plano em ação.

- tio - começou o chamando sentindo um ácido na sua boca ao pronunciar aquelas três letras juntas.

- quem está aí? - perguntou desesperado olhando para todos os lados.

- hongjoong, seu sobrinho - falou, viu o homem gelar e deu uma gargalhada.

- não é possível, e-eu... você morreu.

- você me matou, eu estaria vivo se não fosse por você - falou observando o mais velho se ajoelha e abaixar a cabeça.

- m-me desculpe, e-eu não queria ter feito i-isso - falou baixo e escutou outra gargalhada.

- não minta - apareceu em frente ao homem puxando seus cabelos com força para ele o olhar - a minutos atrás você falou que foi a melhor coisa que aconteceu na sua vida.

- tem razão, mas eu só falei aquilo no momento.

- porque abusou e me matou a 20 anos atrás? - já estava chorando, aquele momento ainda o afetava e sentia nojo do seu tio, ainda mais quando este o encarou com um sorriso sínico.

- invejava a família que vocês eram e você, era tão inocente, tão delicado - tentou encostar no corpo do outro mas viu sua mão passar direto - eu não perderia a chance de me aproveitar.

- eu tenho nojo de você.

- eu voltaria no tempo infinitas vezes para te fuder e te matar novamente e não só com você - sorriu ao não ver o fantasma na sua frente achando que ele tinha fugido - você continua medroso - sentiu um líquido estranho caindo em si e viu o fantasma novamente na sua frente com um fósforo aceso na mão e um sorriso macabro.

- eu quero que você queime no inferno - jogo o fósforo no tio, o outro tentava apagar o fogo no seu corpo mas sentiu mãos segurarem seu pulso - não tente querido tio, você já tem sua passagem só de ida - quando o outro parou de se debater jogou o corpo morto na terra e começou a caminhar sem rumo.

Se sentia melhor em ter feito isso mas se arrependeu em não ter perguntado onde seus pais estavam, sabia que não teria outra oportunidade. Sua vida após a morte é escolhida através de suas escolhas vivo, se você foi uma boa pessoa você pode escolher seu destino, quando você fica no meio termo vira um fantasma e quando é uma pessoa ruim vai direto pro inferno. poderia ter escolhido o paraíso para descansar, mas preferiu procurar seus pais e se divertir um pouco mais.

Sentiu seu pé atravessar alguma coisa e percebeu que estava novamente perto do corpo, porque estava de volta ali?. Olhou para baixo pensando em que poderia ter pisado e se surpreendeu ao ver um celular, sem pensar duas vezes, pegou o aparelho e agradeceu por não ter senha.

Fantasma ?Where stories live. Discover now