Capítulo 2 - Fugindo do pesadelo

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Ei, minhas lindezas! Quem aí está ansiosa para mais um capítulo? 

Vamos lá?

Vamos lá?

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Melanie Passos

Há tantos mistérios que nunca vamos entender...

O que tem lá no fundo do mar, onde nenhum metal é capaz de suportar a pressão?

O que tem no misterioso e infinito universo?

Por que as pessoas mentem e machucam?

Por que amar pode ser tão doloroso?

Por que eu me sinto tão culpada?

Meu corpo doía, mas já não sentia frio. Só me lembrava de ter apagado. Na verdade, não sabia se tudo não passava de um longo e tortuoso pesadelo.

Não sei se desmaiei ou dormi, mas naquele momento respirava fundo, com medo de me mover e continuar presa naquele sonho. Tinha medo de que na verdade, tudo o que aconteceu comigo naquele dia fosse real.

— Oh, oh! Ela está acordando. Genosvaldo do céu! Vem ver. — Uma voz chamou ao longe.

— Que foi mulher! — Outra voz, bem mais agitada que a primeira, me despertou e lentamente comecei a abrir os olhos. Era tão difícil fazer aquilo. Como se uma força invisível me obrigasse a fechá-los e foi com muito esforço que tentei mante-los aberto.

Uma luz bem fraca fez com que minhas pupilas ardessem e aos poucos o ambiente ao meu redor começou a se destacar. A mulher que surgiu no meu campo de visão era baixinha, magra, de cabelos cor de mel presos em um coque, vestida com uma camisola azul que batia em seus joelhos. Ela me encarava aflita com as mãos unidas em frente ao rosto que destacava algumas rugas, mas ainda assim parecia uma mulher jovial.

— Oi, querida! — Ela se aproximou.

Só então reparei no homem parado à porta. Vestido de roupas largas e um par de chinelos, seu semblante parecia o de quem estava dormindo e se levantou às pressas. Devia ter a mesma idade da mulher que agora tocava minha perna.

— Onde estou? — Perguntei, confusa. — Que lugar é esse?

Estava deitada em uma cama, com um travesseiro sob a cabeça. O quarto era pequeno e tinha uma janela, que estava fechada, mas pelo barulho de vários batuques na madeira, lá fora ainda estava chovendo.

— Bem que o patrão disse para esperarmos. Ela parece bem melhor. — O homem comentou. — Você está nas vinícolas Kannenberg.

— Você foi encontrada bem aqui em frente à nossa casa. — A mulher o interrompeu bruscamente. — Eu sou a Nicolina, governanta daqui e esse parado feito uma estátua ali na porta é o meu marido, Genosvaldo. Ele cuida das terras.

Nos braços da tempestade - DEGUSTAÇÃO Where stories live. Discover now