quinze

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Crabbe me arrasta até a sala de Umbridge, rindo das minhas tentativas débeis de lutar contra ele. Quando entramos, meu coração afunda ainda mais assim que vejo a cena diante de mim. Harry está parado sem varinha na frente de Umbridge, parecendo frenético. Rony e Hermione também foram pegos e estão tentando escapar, impotentes. E Draco, no canto da sala, encostado contra a parede, segurando um Neville furioso e calmamente obserando a cena. Sua expressão presunçosa se esvai quando seus olhos se fixam nos meus.

Assim que Draco viu Crabbe me segurando, ele lhe lançou um olhar tão feio que poderia até ser divertido se não fosse tão sério. Ele diz de uma vez: - Crabbe, troque comigo. - Ele empurra Neville na direção de Crabble, que praticamente o agarra pelo pescoço.

- Não o sufoque. - Digo indignada para Crabble, enquanto o rosto de Neville começa a ficar roxo.

Draco se encosta na parede e coloca minhas mãos atrás das costas, brincando com meus dedos ao invés de me segurar. Olho em volta para meus amigos, que estão lutando ativamente contra seus captores, e sinto um desejo selvagem de rir da estupidez e da injustiça de tudo isso. Enquanto Millicent Bullstrode segura firmemente a frente de Hermione, os dedos de Draco estão frouxamente entralaçados nos meus.

- O que você está fazendo? - Ele sussurra em meu ouvido. Não respondo. - Não seja estúpida, Belly.

Encaro Umbridge, que está interrogando Harry. Ela parece rosada e desgrenhada por causa seus esforços. Meu estômago da um nó de ódio. Draco tenta de novo. - Posso te tirar daqui, Belly. - Balanço minha cabeça. Gina lança um olhar desconfiado em nossa direção, e eu me movo para esconder o fato de que ele não está me segurando. Draco traça minha palma com o dedo e se inclina imperceptivelmente para perto de minha orelha. - Podemos sair agora, é só você cooperar.

Com isso, me viro e olho para ele. - Eu não vou embora. - Digo. Ele dá de ombros, descontente.

Eu nunca vi Umbridge tão afobada. - O que você poderia estar fazendo, - Ela olha feio. - que é tão sério que você não pode me contar? - Harry não responde, e ela o acerta no peito com sua varinha. - Com quem você estava falando no fogo? Me diga!

- Não é da sua conta. - Harry fala com rispidez.

Umbridge olha para ele com uma expressão faminta no rosto. O medo me atinge. - Bom, sem veritaserum, - Ela respira, e Harry se afasta dela. - Não há outro jeito... Sim... Suponjo que uma simples maldição cruciatus ajudaria a soltar sua língua-

- Mas isso é ilegal. - Explodi, abafando vários outros gritos de protesto. Draco me cutuca, indignado.

- Tenho certeza que Cornelius vai entender que não tive outra escolha. - Ela disse sem fôlego, apontando a varinha para Harry.

- Você está brincando! - Digo, tão alto que Draco suspira e coloca sua testa em minhas costas.

- Uma questão de segurança do Ministério. - Umbridge continua, me ignorando. Ela está ofegante agora, e suas palavras same fragmentadas. - Eu não quero, mas parecer não haver outro jeito. Cru-

- NÃO! - Hermione grita, sua voz tão rachada e desesperada que faz Umbridge dar um Passo para trás. - Não, Harry, você tem que contar pra ela!

O movimento se espalha por toda sala enquanto todos se viram para encarar Hermione. Os outros desabam; presos entre o medo de contar a verdade para Umbridge e a gratidão por ela não ter chegado a lançar Crucio em Harry. Rony, Gina, Neville, e até Luna se viram, olhando para Hermione como se nunca a tivessem visto antes.

Mas eu sei. Antes de eu beijar Draco, Hermione e eu éramos melhores amigas. Eu a conheço, e sei de sua lealdade a Harry. Se há alguém que terá um plano brilhante no meio de uma cena caótica, é ela.

- Sim. - Umbridge murmura, persuadindo Hermione a continuar. - O que é, menina? Me diga.

Hermione respira fundo. - Estávamos tentando contatar Dumbledore.

Coloco a mão sobre a boca para me impedir de sorrir com a inteligência brilhante de Hermione. Umbridge, que não vê através da mentira, se agarra a esta frase. - Você sabe onde ele está?

- Não, - Hermione diz e Harry a encara. - estávamos tentando encontrá-lo... Para lhe dar... Sua arms secreta.

- Arma secreta? - Umbridge respira e eu tenho que me impedir de for da mentira e da reação de Umbridge a ela. - Me leve até lá. Me mostre. - Hermione olha para Harry e acena com a cabeça timidamente. - Vocês dois, - Umbridge diz, apontando para eles com a varinha. - podem ir na frente e me mostrar o camino. - Ela se vira abruptamente para a porta. - Me conduzam.

O silêncio que se segue à parte dos três é inquietante.

Gina me olha com os olhos arregalados e, de repente, percebo; Harry e Hermione escaparam por conta própria, então cabe a nós nos libertar. Posso me soltar de Draco facilmente, mas e depois? Olho so redor para ver se alguém está com a varinha, mas todas foram confiscadas. Crabbe ainda está com a minha.

Só então eu noto a mão de Neville se esgueirando em direção ao bolso. Crabble, que estava parado avoado, observando a porta, dá um solavanco quando Neville acidentalmente lhe dá uma cotovelada no estômago. - O que é isso?

- Nada. - Neville diz. Crabble aperta sua pegada nele e os olhos de Neville se arregalam. - Ah, está bem, são doces. Eu estava com fome.

Todos os membros da Brigada Inquisitorial começam a rir, except Draco. - Dê eles pra mim. - Crabble diz.

Eu pisco enquanto Neville tira uma mão cheia de doces de seus bolsos. Os reconheço imediatamente – as pastilhas de vômito de Fred e George. Essa é a saída perfeita, se alguém comer eles, não vai conseguir nos segurar mais.

Todos os captores estendem a mão e pegam um doce – de novo, exceto Draco. Me viro e percebo que ele está me observando. Ele sabe que tem algo errado. Ele semi-cerra os olhos para mim, esperando – mas eu não posso dizê-lo para não pegar um doce, porque isso acabaria com o plano de Neville. Mas, novamente, se todos os outros já tivessem um...

Eu olho Draco nos olhos e com o menor e mais imperceptível movimento, balanço minha cabeça. E de repente, Draco gritou, os captores explodiram em tosses horríveis e soltaram Rony, Gina, Luna e Neville, todos que se soltaram correm em direção à porta. Dou a Draco um olhar meio apologético e meio irritado, e corro atrás deles.

- Isso foi ótimo, Neville! - Rony diz quando os alcanço. Gina ri triunfantemente. - Ideia brilhante!

Neville sorri envergonhada. - Eu costumava carregar pastilhas para vomitar para afastar Crabbe e Goyle de mim. É claro que eles ainda não sabem.

- Onde eles estarão? - Pergunto. - Harry e Hermione, onde vamos encontrá-los?

- Na floresta, eu acho. - Rony diz. O barulho de vozes altas e barulho de pratos soa no Salão Principal quando passamos por ele, mas eu mal noto. - Se eu estiver certo, eles a terão levado para Grope.

- Parece certo. - Gina diz. Então ela para e vira para mim. - Isobel, não acho que você devia vir.

- Por q-

- Eu te vi com o Malfoy. - Ela diz. Sua voz é suave mas seus olhos parecem magoados. - Você balançou a cabeça, você o disse que os doces eram perigosos.

- Gin, você não entende. - Digo com raiva. - Eu esperei especificamente até que todos os outros tivessem uma pastilha, dificilmente o deixaria pegar uma também-

Ela balança a cabeça e se vira. - Desculpe. Mas nós claramente não podemos confiar em você.

Me viro para Neville desesperada. - Neville, diga a ela que eu não iria!

Ele me dá um sorriso triste. Rony e Luna encaram o chão. - Desculpe, Iz. - Neville diz. - Não tenho nem certeza de que Harry vai deixar todos nós irmos junto. Talvez seja melhor você ficar aqui.

Gina já começou a se afastar. Com sorrisos tímidos, o resto deles se vira e lentamente a segue. Solto um grito de frustação e me viro, subindo as escadas de volta para a sala comunal. Isso é o que estar com Draco fez comigo. Um dos meus melhores amigos pode morrer esta noite, e eu nem vou ser capaz de tentar evitar.

Querido Draco (Dear Draco)Where stories live. Discover now