Memórias de um anjo

Estou com medo

Notas: Eu estava muito ansiosa para postar isso (demorei muito para escrever também kkkkkkk), essa provavelmente vai ser uma Fanfic bem pequena ( 6 capítulos no máximo). Antes de tudo: eu estou no 3º ano do ensino médio, então tô com o tempo meio corrido e não tô conseguindo escrever muito, então as atualizações não vão sair com tanta frequência, mas eu já tenho o segundo capítulo planejado, então não deve demorar tanto, espero que entendam 💕

Obs: capítulo não revisado, se achar erro avise!

— Nico! Pela última vez, eu não quero saber quantos pontos de ataque o deus tal tem! — Bianca di Angelo exclamou, lançando um olhar de repreensão para o irmão.

Nico bufou e revirou os olhos.

— Você é tão chata, Bi — o garotinho voltou a mexer em suas cartas — e são pontos de defesa, não de ataque!

— Quanta diferença. — A garota revirou os olhos.

Bianca puxou o gorro verde que usava — ela parecia tentar esconder o rosto — e olhou ao redor, como se pressentisse que algo estava errado. Já tinha alguns minutos que ela estava fazendo isso, Nico reparou, mas ele não fazia ideia do que tanto incomodava a irmã. Não era como se um lunático fosse aparecer ali de repente, no meio do ginásio da escola.

— Bi, vou pegar alguma coisa para comer — ele apontou para a mesa que estava no centro do ginásio, onde as comidas ficavam — já volto.

— Cuidado. — ela respondeu de forma preocupada.

Nico assentiu, não vendo motivo para a preocupação da irmã. Vários adolescentes dançavam pelo local, aproveitando a festa. Nico não entendia o que as crianças mais velhas viam de tão interessante nisso. O ginásio era enorme, dava para utilizar aquele espaço para fazer atividades muito mais interessantes ( como jogos, por exemplo), mas eles preferiram transformar o local em uma pista de dança. Ele achava isso um desperdício.

O garoto se sentia levemente triste por não estar acompanhado dos "amigos" —não que ele tivesse amigos muito próximos, a maioria eram colegas de classe com os quais ele jogava mitomagia — todos haviam ido passar as férias de inverno em casa, mas ele ainda estava ali. Às vezes, Nico achava um saco não ter nenhuma família(além de Bianca, óbvio). Ele pegou um bolinho na mesa, e voltou para a arquibancada em que a irmã estava.

Bianca permanecia calada, ainda olhando pelos cantos do ginásio, procurando algum perigo. Isso já estava preocupando Nico.

— O que você tem? — O garoto perguntou, se sentando ao lado da irmã.

— O que...eu tenho? — Bianca perguntou de forma desentendida, parecendo só então ter notado a presença do irmão.

— É — Nico concordou — você está toda calada, não para de olhar para os lados. O que está acontecendo?

Bianca se aproximou do irmão.

— É aquele professor, o dr. Espinheiro — ela sussurrou. Nico olhou na direção do vice-diretor — Nico, não fique encarando! Ele é meio estranho, não acha? Parece que está nos observando, não para de olhar para cá.

— Hum, todos os professores são meio estranhos — ele deu de ombros — ele me parece bastante normal.

A garota bufou, parecendo frustrada.

— Ele me dá uma sensação ruim — ela falou, ainda mantendo o tom baixo — ele chegou aqui na metade do ano, sem nenhuma explicação convincente, mas parece que ninguém percebe isso! A maioria age como se ele sempre tivesse sido o vice-diretor. Isso não pode ser normal.