𝙸 𝚠𝚊𝚜 𝚒𝚗 𝚢𝚘𝚞𝚛 𝚊𝚛𝚖𝚜

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- Ellen, não precisa ficar estranha comigo por causa daquele beijo naquela noite. – Patrick seguia a loira que andava apressadamente para entrar no avião.

- Nada aconteceu e eu não estou estranha. – a voz de Ellen saiu nervosa.

- Você não está mais falando direito comigo. – A loira deu de ombros. – Ellen, olhe para mim. – Ele agarrou o braço esquerdo da mesma, para que ela pudesse parar e olhá-lo.

- O que você está fazendo? Estamos dentro de um avião, me solte. – ela puxou seu braço. – Deixe-me sentar no meu lugar. – a loira continuou andando mais um pouco, até encontrar seu acento.

Patrick colocou as bagagens de mão no compartimento superior da aeronave e depois sentou-se, ficando ao lado de Ellen que já estava em sua poltrona. Ela estava olhando para a janela em total silêncio.

Quando o avião começou a andar na pista para decolar, Patrick percebeu que ela estava apreensiva.

- Ellen, você pode segurar as minhas mãos, se quiser. – Ela apenas olhou para ele.

- Eu não preciso da sua mão. – o orgulho dela falava mais alto.

- Por que? – ele insistiu.

- Porque eu tenho duas e posso fazer isso aqui. – ela juntou as suas duas mãos. – Pronto, estou segura agora. – ela virou-se novamente para olhar a janela.

- Você está impossível. – Ele revirou os olhos.

O avião finalmente levantou voo, e a viajem seguiu bem. Patrick colocou os fones que a companhia aérea oferecia e deu play em um filme aleatório.

Ellen apenas encostou a cabeça na poltrona onde estava sentada e dormiu.

...

Eles desceram do avião, recolheram suas malas e pegaram um táxi. O silêncio entre os dois ainda era absurdo.

Chegaram no condomínio e Ellen foi para a frente de sua casa.

- É, muito obrigado por ter ido comigo. – Patrick falou sem jeito.

- Já disse milhares de vezes que não precisa agradecer. Faria isso de novo. – ela admitiu.

- Eu estarei sempre aqui, se você precisar.

- Eu sei. – ela sorriu.

- Vou guardar essas coisas e já volto para ver Angelina. – Ele puxou a alça de sua mala.

- Amooor! – Rose gritou de sua casa.

- Hum, deixa eu entrar, quero ver minha filha. – Ellen entrou apressada.

- Rose. – ele recebeu um selinho da mulher.

- Você está bem? Senti tanto sua falta. – ela fez um beicinho.

- Estou, também senti a sua. – ele alisou os cabelos da mesma.

- Que tal irmos para sua casa e eu, você sabe, matar a saudade. – ela tentava ser sedutora.

- Eu adoraria, mas não posso. – ele pegou sua mala. – Preciso guardar isso daqui e ir ver minha filha.

- Eu posso entrar para vê-la com você e depois voltamos para sua casa.

- Rose, agora não dá. Mais tarde eu te ligo. – ele saiu e foi para o outro lado, onde ficava sua casa.

A mulher ficou bufando.

.

- Filha? – Ellen gritou entrando na casa.

- Estamos descendo – Sandra respondeu.

𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒏𝒏𝒆𝒓 𝒕𝒂𝒌𝒆𝒔 𝒊𝒕 𝒂𝒍𝒍Where stories live. Discover now