Capítulo 12

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Eu não acredito que topei saltar. Em toda a minha vida não me imaginei fazendo algo do tipo, somente estando na presença dos meus amigos—Agora eu posso chamá-los assim— Eu poderia me sentir tão livre.

Eu estava preparando uma pequena mochila, a caminhada ao outro lado da ilha ia ser longa. Os meninos estavam tentando trazer os jeeps até a ilha, Scoot e Oliver tiveram que atravessar a Costa para buscá-los.

As meninas já haviam descido e eu só estava procrastinando, estar perto de Bethany me causava náuseas. Ela parecia uma garota legal, tentava de tudo para se aproximar das meninas, apesar disso ela mantinha uma distância segura de mim.

Eu só não sabia se isso era bom ou ruim.

Ouço dois toques na porta e em seguida a mesma é aberta. A figura séria e forte de Daniel adentra o quarto e vem em minha direção. Ele parecia estar irritado, porém assim que seus olhos vem de encontro a mim sua expressão se suavizou.

— Vai mesmo saltar?

— Estou considerando —Levantei da cama indo em direção a cômoda.

— Meu irmão é irresponsável como todos os outros, você também precisa ser?

—Daniel, se você não gosta ou tem medo fica na areia com o Nate e a Jo. —Peguei o protetor que procurava na terceira gaveta e me virei em sua direção. — Você só não pode nos chamar de irresponsável por querermos fazer um esporte.

— Com o Scoot como instrutor? — Sorriu de escárnio. —Você não cansa de tentar provar algo a ele? Está claro que você não quer, só está tentando provar algo a ele.

—Pela primeira vez na minha vida estou fazendo algo por mim, decidido por mim e não tem nada haver com meus pais ou com o Scoot. Eu quero me divertir e minha mãe não está aqui para me julgar, então seja como ela.

— Você já está muito velha para bancar a revoltada.

— E você muito novo para ser meu pai. —Joguei o protetor na mochila e coloquei a mesma em meus ombros. — Vamos combinar algo? Somos amigos e quero muito que continuemos assim, mas se agir assim novamente irei me afastar.

Saí em passos decididos à porta, mas a mesma foi fechada antes que eu conseguisse sair. O corpo forte de Daniel me cobria, enquanto minhas costas batiam contra a porta.

—Eu não quero ser somente seu amigo. — Seus olhos amendoados me fitavam profundamente. —Estou cansado de fingir, estou cansado de te ver você se entregar a outro, estou cansado de não poder ter você em meus braços.

Eu fiquei paralisada por ter seus lábios novamente sobre os meus. Não sabia o que fazer ou como agir, só sabia que não estava preparada para isso novamente. Eu não estava preparada para me jogar de cabeça novamente, ainda mais sentindo que tinha coisas a serem resolvidas com Scoot e acima de tudo comigo mesma.

Isso sim seria irresponsabilidade, eu não podia arrastá-lo para o meu inferno pessoal.

Empurrei seu corpo na tentativa de afastar nossos lábios, mesmo contrariado o vi ceder e se afastar. Arrastei minhas mãos pelos fios bagunçados do meu cabelo, como se aquilo fosse clarear minha mente confusa e bagunçada.

—Eu não posso fazer isso com você. — Fui clara. —Eu amo seu amigo, estou destroçada porque ele está apaixonado por outra. Mas não posso usar o que você sente por mim para me sentir melhor.

—Eu não ligo desde que você o supere.

—Todos falam isso, até que passa a machucar e a insegurança tomar conta. Não vou te transformar nisso.

O melhor Verão da minha vida✅ ( Degustação)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant