A Dama da Noite - Por Elisa Alves

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Europa, meados do século XVIII. Thomas Irvine, um rapaz na casa dos seus 28 anos. Estava a trabalhar no vilarejo onde morava, quando se deparou com uma bela dama. Era tinha os cabelos longos e negros, pele branca e lindos olhos verdes.

Thomas se viu encantado imediatamente pela bela dama, e começou a cortejá-la. Depois de algum tempo, Thomas e Miriel (a bela dama), estavam completamente apaixonados, já faziam até planos para forma uma família. Porém estavam vivendo um romance escondido.

Só que um certo dia, o pai de Thomas viu ele e Miriel aos beijos. Ao chegar a casa Thomas foi chamado para uma conversa.

- O que você estava fazendo aos beijos com aquela maldita.

- O senhor não ouse falar assim da Miriel.

- Seu bastardo atrevido, prefere defender uma bruxa ao seu próprio pai !?

- O que? Não pode ser o Senhor deve está mentido.

- É a mais pura verdade, pergunte aquela maldita.

Com muita raiva e sem querer acreditar. Thomas foi atrás de Miriel para esclarecer essa história. Ao chegar a sua casa a questiona com toda sua raiva.

- Me diz que não é verdade.

- O que foi meu amor? Não estou te entendendo.

- É verdade que você é uma bruxa?

A Miriel muda de cor, sua pele fica mais alva do que já é - sou mais isso... - é interrompida enquanto tenta se explica.

- Por que você mentiu pra mim? - sem esperar resposta, dispara - A partir de hoje não chega mais perto de mim.

Os dias se passaram enquanto Miriel sofria calada. Foi humilhada por aquele que ele acreditava amar, pois agora o que sente é ódio puro. Maldito.

Era noite, quando Thomas novamente apareceu na casa de Miriel. O olha dele tava diferente, até parecia está possuído por algum demônio, na verdade avia uma voz em sua mente que estava o comandando a fazer aquilo. Ele a agrediu violentou Miriel e não satisfeito, a arrastou para fora da casa e tocou fogo na mesma. Depois a puxou até um penhasco próximo dali.

- Thomas o que você vai fazer comigo?

- Logo você verá - ele dar um sorriso forçado - se eu não posso ficar com você, não vou suportar te ver com outro. Não queria, porém é, mas forte do que eu. Terei que te jogar desse penhasco.

- Não faça isso Thomas eu te imploro.

- Tarde demais meu amor - fala sarcástico.

- Maldito, eu o amaldiçoou, você e toda linhagem masculina da sua família. Todos os homens nunca chegaram aos 30 anos, irão todos morrer e a culpa será sua.

Com raiva ele a jogou sem nenhum sinal de arrependimento. Um dia antes de completar 30 anos, Thomas foi encontrado morto abaixo do penhasco.

*****

Era noite, já se passava das 22 horas, quando um belo rapaz chamado Matthew Irvine estava a vagar pelas ruas de um vilarejo próximo a Londres, quando de repente se depara com uma mulher encantadora, com uma pele bem alva, cabelos negros como a noite e olhos verdes. Ela o encara, o que mais desperta o seu interesse não é a beleza em geral e sim seu olhar, que parece hipnotizá-lo. Até que como um passe de mágica a bela dama desaparece. Matthew olha para todos os lados, e não acredita ser uma visão, pois para ele parecia tão real.

Os dias se passam e a bela dama desde aquela noite abita em seus pensamentos, ele fica tão intrigado que resolve voltar àquela mesma rua com a esperança de vê-la novamente. E é o que acontece, como se fosse um Déjà vu, a cena se repete e ela desaparece sem explicação alguma.

Isso começa a intrigar ainda mais os pensamentos de Matthew, que decide descobrir qual a verdadeira razão da bela dama sempre desaparecer.

Desde o primeiro dia que viu aquela mulher pela primeira vez, Matthew anda tendo pesadelos com a bela dama. Ele se encontra na mesma rua parado, a noite já estava presente com toda força, ele está a encarar, quando ela o convida a se aproximar com um aceno de mãos. A cada vez que ele se aproxima, a bela dama se afasta o levando em direção à floresta que fica próximo ao vilarejo, ele fica hipnotizado pela bela dama, e principalmente pelos seus belos olhos verdes e misteriosos. Em um certo ponto da floresta, mais precisamente na beira do penhasco, é aonde se encontra a bela dama nesse momento. De repente ela se joga, e no desespero de socorrê-la, Matthew corre para tentar salvá-la, e é nesse momento que ele desperta do seu sono, ofegante.

Matthew fica a imaginar o porquê desses sonhos, o que o deixa intrigado cada vez mais.

Os dias se passam e os questionamentos só aumentam. Matthew sonha novamente com a bela dama, só que dessa vez ele conseguiu ao alcançá-la e a segura pelas mãos, ela propositalmente se solta das mãos dele e cai no penhasco, só que ao olhar para baixo não há ninguém lá.

Matthew novamente acorda assombrado, e verifica as horas. Percebe que ainda é madrugada. Depois de tentar dormir sem conseguir, ele se levanta, faz a sua higiene, se troca, e vai à procura da bela dama. Algo lhe diz que hoje ele descobrirá o verdadeiro mistério por detrás da bela mulher.

Ele está novamente na mesma rua, que neste momento está deserta, por conta do horário avançado. Ao piscar os olhos rapidamente, percebe que a bela dama está a sua frente a poucos metros a chamar seu nome.

- Matthew, Matthew... - à medida que ela chama o seu nome. Ele vai se aproximando.

Diferente do que nos seus sonhos, ela não se afasta.

- Quem é você? - ele pergunta na esperança de descobrir algo.

Porém ela continua a chamá-lo pelo nome. Ao chegar perto dela, a mesma o convida a segurar a sua mão.

- Me siga Matthew, confie em mim - ele parece estar enfeitiçado pela bela dama, ou melhor, dizendo, pelos seus belos olhos verdes, e a obedece.

Quando de repente, parece despertar de um sonho, ou está em um, Matthew se ver na beira do mesmo penhasco que abita seus pesadelos.

- O que estamos fazendo aqui? O que você quer de mim? - pergunta desesperado.

- Simplesmente a vida que vocês me tiraram.

- Você só deve ser maluca, não a conheço, e muito menos tirei a sua vida - ele fala confuso.

De repente a bela dama se transforma, em uma figura assustadora. Seus pés se tornaram uma espécie de calda flutuante, sua face se modificar em algo tenebroso.

- Hahahaha - ela rir como se fosse uma bruxa - você não me conhece ainda, mas seus antepassados sim.

- O que isso tem a ver? Ainda não entendo? Quem é você afinal?

- Sou Miriel, e você nunca se perguntou o porquê de seus parentes morrerem prematuramente?

- Agora que você falou. Mas não te entendo.

- Simplesmente rapaz, seu tataravô, aquele maldito, me seduziu me enganou prometendo-me várias coisas, inclusive o seu amor (risos). Até que ele descobriu o que eu era de verdade. Uma bruxa, ele me largou e foi embora, mas não se satisfez em somente me abandonar. Ele voltou só que pra me matar, me atacou, me usou, colocou fogo em minha casa, e no final de tudo não satisfeito me jogou nesse penhasco sem nenhuma piedade, como se tivesse possesso. Mas antes dele me jogar, o amaldiçoei e juntamente a sua geração futura, todos os homens que o descendem e está perto dos 30 anos, irão pagar pelo que o Thomas me fez. Maldito egoísta, só porque eu era uma bruxa, e ele não queria ficar com uma, me matou para que eu não fosse de nenhum outro homem. Por isso eu sempre volto, e nunca vou me satisfazer dessa vingança, nunca.

O Matthew tenta fugir, mas parece que algo o prende. Ele começa a caminhar em direção ao penhasco, como se algo tivesse lhe guiando. Até que percebe que tem que evitar olhar para os olhos de Miriel. Com muito esforço, ele consegue fechar os olhos. Porém já é tarde demais. Ao abrir os olhos percebe que ele está caindo do penhasco.

Seleção de Contos. Volume 1: SobrenaturalWhere stories live. Discover now