Sirius tinha certeza de que Marjorie era o próprio diabo, já bastava a garota ser da Sonserina para comprovar sua hipótese. James ria do amigo que estava obcecado em provar que aquela garota não prestava.
― Fala sério! Ela já saiu com uns três Grifi...
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❝Um romance é como um arco de violino, a caixa que produz os sons é a alma do leitor.❞
Stendhal
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Enfim era sábado, as aulas duravam apenas durante o turno da manhã enquanto a tarde era repleta de tédio com chocolate quente recheado de canela.
Céus, como o inverno da Inglaterra poderia ser tão frio?
Sirius seguia Marjorie por todos os corredores do imenso castelo de Hogwarts, estava escondido por baixo da capa da invisibilidade de James que havia furtado na noite passada sem que o amigo percebesse.
Seguir a garota era tão chato que o moreno já começava a considerar se valia a pena continuar com aquele plano ridículo e infantil de desmascara-la. A resposta era simples. Valia! Depois que provasse para James que ele estava certo não existiria mais nada que pudesse estressa-lo por semanas.
Estava a tanto tempo na biblioteca vigiando a garota que se perguntava se ela não havia sofrido algum derrame ou algo parecido por causa daqueles livros idiotas que lia. Para sua infelicidade a garota levantou momentos depois de considerar atirar um livro contra sua cabeça. Estava invisível, quem poderia acusa-lo de tê-la acertado?
Ao sair da biblioteca Marjorie caminhava calmamente pelos corredores sem sequer imaginar que Sirius a estava perseguindo a horas, vez ou outra a garota erguia o braço em busca de descobrir o horário que marcava seu relógio de pulso. Pra quê Sirius não fazia ideia, as tardes de sábado eram livres de qualquer aula e aquele dia não havia nenhum passeio marcado a Hogsmeade, o que significaria não ter nada a fazer.
Quando a garota alcançou as escadas Sirius teve de tomar ainda mais cuidado com sua perseguição, seus sapatos faziam barulho contra o piso e por causa disso teria de ter certeza de pisar no chão apenas quando a Haywood também pisasse. Pararam no segundo andar e andaram por alguns corredores, fosse lá o que a garota fosse aprontar ali Sirius é que não perderia a chance de descobrir o que seria.
Subitamente Marjorie entrou em um banheiro interditado, deixou a porta um pouco aberta enquanto passava seus olhos pelo lugar, Sirius teve de se apressar e entrar antes que a garota fechasse a porta e o deixasse plantado para fora. Era o banheiro da Murta que Geme, seja lá onde a fantasma estivesse agora ela havia deixado sua marca para trás, haviam possas de água pelo chão e um pouco de ectoplasma grudado em uma das janelas.
O que essa idiota está fazendo aqui?
― A quanto tempo está aí? ― Marjorie perguntou enquanto fechava a porta e a trancava em seguida.
Sirius quase enfartou ao imaginar que a garota falava com ele, se acalmou logo em seguida ao perceber um outro garoto aos fundos do banheiro. Era da Grifinória e devia ser um ano mais velho que os dois, Sirius se lembrava de tê-lo visto algumas vezes pelo Salão Comunal. Só não entendia o que o garoto fazia ali.
