O DOUTOR E A PRESA

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Rio de janeiro, Agosto

Duda narrando 💫

tudo estava confuso ,minha visão embaçada junto a respiração ofegante meu corpo tremia enquanto ouvia o "piiiii " do monitor cardíaco, encarei a face pálida dele, escutei o choro desesperado dela que não parava de gritar implorando para ele não partir, pra não deixa- lá sozinha... no meio de todo aquele terror, fantasmas de jaleco branco corriam de um lado para outro até sentir um par de mãos me puxar para trás me afastando da cena de morte, me levando ao corredor escuro. Quando vi apenas um feixe de luz e barulhos de sirene deduzi : vieram me prender.

- Não! - Levanto- me da cama coberta pelo meu suor.

Está tudo bem. Você não está mais lá! Repeti a mim mesma tentando recuperar o folego.

Olhei para o relógio que marcava sete da manhã, logo tomei um banho rápido e vesti meu uniforme do estágio, me olho no espelho atenta aos detalhes do jaleco branco, eu realmente fico muito bem nele, embora ainda falte meu nome bordado em seu bolsinho da frente. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e sigo em direção a cozinha, pego dois ovos na geladeira e um óleo no armário, começo a preparar ovos mexidos, quando escuto o choro de Sophia. Mya parecia estar com dificuldades, então resolvo ir até elas, como a porta do quarto estava aberta me permito entrar.

- Custa você vestir essa blusa rosa Sophia? - Mya segurava uma blusinha rosa na mão com uma estampa de florzinha, enquanto sophia que usava apenas frauda se negava a vestir.

- Vitido! _Ela aponta para um vestido amarelo que estava no guarda a roupa.

- Você só vive nesse vestido, está frio lá fora tem que vestir a blusa e a calça...por favor! _Mya insiste ao ver a filha fugindo de seus braços.

- Hey pequena!_ Chamo sua atenção.

Seus olhos grandes e castanhos  de repente se voltaram a mim, observo seus detalhes enquanto ela se aproxima com curiosidade. Os olhos os quais avia puxado o pai pois, os olhos de Mya, são tão pequenos que ao sorrir eles simplesmente desaparecem, combinavam perfeitamente com suas bochechas fofas e seu pequeno nariz e boca. Seu rostinho tão celestial tinha a cor morena igual a mãe com toda essa fofura é até difícil brigar com ela.

- Vamos brincar? _Digo animada.

- De que tia Bibi?_ Ela responde curiosa.

E sim, ela sempre trocou nossos nomes, eu sou Bibi, a Ana é Duda, e a Bia é a ninha.

-Feche os olhos e quando eu contar até cinco você abre._ Me aproximo e pego ela no colo.

Mya observar duvidosa a cena.

Pego a blusa da mão de Mya e visto em Sophia enquanto conto devagar 1...2...3...4...5... Sophia abre os olhos, e então me lança um olhar de indignação, como se tivesse entendido que acabará de ser enganada.

Mas antes que ela pudesse fazer mais algum protesto além de um biquinho fofo sua mãe a pega no colo.

Os ovos!

Quatro amigas e um apê ( Concluído)Where stories live. Discover now