"The Darkness Inside" Parte 1: Liquido Negro

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00h30mEm um hospital qualquer…

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00h30m
Em um hospital qualquer…

Uma enfermeira grita por ajuda para a paciente do quarto 415. Assim que o médico adentra o quarto, a enfermeira lhe diz que a paciente precisa ser urgentemente levada até a U.T.I. Enquanto a paciente era trocada de setor, a enfermeira fala com seu filho, de apenas sete anos, que está junto a ela desde sua internação. A enfermeira explica ao menino que sua mãe foi levada para ser melhor tratada.

O menino concorda com a cabeça e é levado para a sala de espera do hospital. E lá aguarda até adormecer. Assim que desperta, olha para o relógio e vê que são duas da manhã, o menino abre a porta da sala e observa o corredor vazio, apenas contendo a silhueta de uma pessoa no fina. Ele pensa ser um médico e então o chama.

O “médico” se aproxima, e o menino começa a explicar o porquê de estar ali sozinho e de pé àquela hora da noite. O médico parecia ter cabelos compridos e um andar estranho. Quando ele se aproxima e se curva em direção a criança, sua face se mostra clara.

Assim que o garoto fitou o olhar vazio e ausente de vida do médico, um súbito medo tomou conta de seu pequenino corpo.

O médico inclina sua cabeça para o lado direito e lhe comunica que irá levá-lo até a mãe, bastava segui-lo. Mesmo com um pouco de medo, o garoto o acompanha. Caminham  sem sequer dizer uma palavra, até chegarem ao quarto em que a mãe do menino se encontrava antes.

Mas imediatamente a criança questionou as estranhas manchas no chão e na porta, que agora estavam lá.

O médico olhou dentro dos olhos do menino, como se não piscasse nunca, e lhe diz, com o mesmo sorriso estático e com uma voz que parecia estar trancando alguma euforia:

-Sua mãe sangrou um pouco quando a trouxemos para o quarto, mas não se preocupe, pois lhe garanto que ela não está sentindo dor alguma.

Ao abrir a porta do quarto, o menino viu uma das piores cenas que alguém pode presenciar. Ali em sua frente pôde visualizar sua mãe em uma cama encharcada com o próprio sangue e um quarto que nem no escuro se assemelhava com o que ele estava antes. O médico diz ao garoto que ele deve aguardar um pouco e que ele já voltaria.

Assim que ele sai o menino corre até a mãe e a chama, ao ver a mãe reagir lhe pergunta o que aconteceu. Mas, infelizmente, estando muito fraca para poder responder nem que seja com uma única palavra, apenas aponta para a porta.

O médico retorna com uma seringa contendo um líquido negro e a deixa sobre a mesa, se aproximando do menino e da mãe. Olha para os dois e pergunta:

-Posso retirar a bolsa de sangue?

Após retirá-la, o garoto vê o médico pegar a seringa e quando foi espetá-la no braço da mãe, o menino arrancou-a de sua mão.

-O que é isso? - perguntou assustado, mostrando o objeto. 

-É a única chance de sua mãe sobreviver. AGORA ME DÊ ISTO! – gritou, tentando arranca-la do garoto.

-NÃO! PARE DE ME OLHAR ASSIM! VOCÊ ME DÁ MEDO! – Grita o menino.

Soltando uma gargalhada, o médico fala para o menino:

-Eu não consigo. Sabe menino, eu era um paciente como sua mãe neste hospital até que um dia… Caí muito doente… Então este mesmo soro que tem nas mãos… Foi ele quem me salvou… Que me deu uma chance de viver novamente… Somente preciso fazer com que mais pessoas fiquem aqui... Para que eu possa me alimentar do sangue da carne delas.

Terminando de dizer isso, pula em cima do menino e lhe morde o braço, deixando cair a seringa. O menino corre para fora do quarto chorando com o braço ensanguentado. O médico dá uma gargalhada e grita:

-EU VOU ADORAR COMER VOCÊ, CRIANÇA! 

Correndo sem saber ao certo para onde fugir, o pequeno menino adentra um quarto desconhecido. Quando ele para e consegue respirar fundo, nota que está no necrotério do hospital, olha para o chão e vê o corpo da gentil enfermeira que lhe ajudara antes, mas com a mandíbula brutalmente arrancada. O menino chocado perante tal cena corre para fora do necrotério e adentra a sala em frente.

Já no cômodo, após uma breve sensação de segurança, nota o rastro de sangue logo atrás dele e ficando com medo de ser seguido, esconde-se embaixo de uma maca, ao mesmo tempo, acaba por ouvir um barulho no armário. Rapidamente sai de seu esconderijo e procura por algo para se defender. Encontra um bisturi sobre a bandeja de instrumentos cirúrgicos e com a arma em mãos, o menino se aproxima do armário, sentindo dentro de si uma faísca de bravura, pronto para atacar.

Ao abrir a porta, ouve o grito de uma menina que, assustada, se escondia ali. Rapidamente o menino lhe cobre a boca.

-Não pode fazer barulho, pois o médico vai nos encontrar.

A menina olha com pavor para o braço ensanguentado do menino e quando ela ia perguntar o que havia acontecido, ouve-se o abrir da porta do quarto.

-Silêncio. - Diz em baixo tom.

Os dois vão chegando para o fundo do armário, à procura do esconderijo perfeito para a ameaça que se aproximava. Após o barulho da porta fechando, somente foram ouvidos passos lentos e uma respiração pesada.

-Eu sinto seu cheiro, garoto. Não pense que poderá escapar!

Conforme essas palavras terminam de ser ditas, escuta-se o barulho estridente das coisas na sala sendo tiradas do caminho a bruto modo.

-Somente há uma saída neste quarto, garoto, não esqueça. – Falou de maneira sinistra.

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⏰ Última atualização: Jan 25, 2021 ⏰

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