⳼༼ᴇᴜ ɴᴀ̃ᴏ ᴛᴇɴʜᴏ ᴍᴇᴛᴀᴅᴇ ᴅᴀ ʙᴇʟᴇᴢᴀ ᴅᴇʟᴀ༽⳹
Onde Bailey e Krystian são rivais, cada um com o seu grupo de amigos.
Enquanto Bailey é confiante e otimista, Krystian é inseguro e pessimista.
Mas por um acontecimento nada esperado inicia-se uma amizade e t...
Eu e Bailey ficamos nos encarando algumas vezes durante a aula, mas graças a deus ninguém reparou.
Após muito tempo de aula, finalmente o sinal toca e todos saem correndo da sala.
- Lamuur! - chamo Lamar que já estava quase saindo da sala antes de mim e ele volta pra me esperar.
- Vai pra casa? Ou vai ficar aqui no tempo sem aula? - Lamar me pergunta e eu o olho confuso. - O professor de inglês faltou.
- Você vai ficar ou vai embora?
- Eu ia ficar com a Di, se é que me entende. - dá um sorriso safado e eu dou um tapa de leve no braço dele.
- Cuida bem dela se não eu quebro sua cara! - ameaço e ele me olha indignado.
- Porque você e o May faltaram na primeira aula? Tavam transando por aí? - pergunta com um sorriso de lado no rosto.
- Sim!
- Ok- Calma, sim?
- Sim, mas não fala pra ninguém, tá? - ela só acente com a cabeça.
- Além da gente e a Di, mais alguém não tem aula agora?
- A Any e a Shiv, mas elas vão pra casa, sabe como os pais delas são.
- Eu vou embora então. - digo dando de ombros.
- Quer que eu te leve em casa? - olha pra mim preocupado. Digamos que Lamar, Any e Bailey são os únicos que sabem sobre minha depressão e ansiedade e Any e Lamar sobre meu pai.
- Não precisa, eu me viro. - após dizer isso, pego minha mochila e saio.
A verdade é que não, eu não ia me virar, porque meu "me virar" é me trancar no quarto ouvindo música e chorando enquanto meu pai grita do lado de fora.
Vou andando até minha casa ouvindo Shawn Mendes e rapidamente chego.
Vejo Any entrar na casa de frente para a minha e aceno para ela, que acena de volta e me dá um olhar preocupado. Merda! Odeio deixar os outros preocupados.
Entro em casa e não vejo nem ouço meu pai. Será que ele não está?
Subo para o quarto e lá está ele, meu pai sentado na minha secretária.
ESTA CENA PODE CONTER GATILHOS PARA PESSOAS QUE SOFREM DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE OU ALGUMA COISA DO TIPO, SE NÃO QUISER LER PULE ATÉ AS NOTAS DA AUTORA.
Dou passos silenciosos para sair do quarto, mas ele fala antes disso.
- Eu já vi você. É isso que você fica fazendo de madrugada? Cartas suicidas dizendo o quanto odeia sua casa e sua vida? - ele começa a gritar comigo e vem em minha direção.
Por impulso, corro até a sala, a primeira coisa que me passou pela cabeça foi ir o mais perto possível da casa de Any para ela chamar Lamar. Essas cenas já são rotina, por isso já é impulso.
Ele vem atrás de mim pra sala, gritando cada vez mais alto.
☞ Any
Como Krys já estava em casa, fiquei na minha cozinha que ficava na entrada de minha casa para se ele precisasse que eu chame Lamar.
Fico mexendo no meu celular até que ouço uma voz já conhecida por mim, o pai de Krystian. Nem me dou ao trabalho de ouvir o que ele diz, apenas mando mensagem para Lamar.
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Fico tentando entender o que ele grita, mas não consigo, as palavras estão todas emboladas por conta da bebida.
Ouço uma porta bater brutalmente e olho pela janela, o pai de Krys saiu de casa. Alguns segundos depois, o carro de Lamar para na porta da casa e o mesmo entra na casa desesperadamente.
☞ Lamar
Entro na casa de Krystian e vejo o mesmo sentado num canto da sala abraçado aos joelhos, chorando. Enquanto me aproximo devagar, Krys agarra seus cabelos com força e grita como se soltasse tudo o que prende dentro dele há anos.
Corro até ele, o abraçando logo em seguida. Ele olha pra mim, os olhos vermelhos e inchados e o pulso arranhado me fazem querer chorar, mas tenho de ser forte por ele. Pousa a cabeça em meu peito e acariciou seus cabelos.
- Krys, olha pra mim. - digo pegando nas mãos dele delicadamente e ele olha. - Respira comigo. - ele fecha os olhos tentando parar de chorar, mas logo os abre. - Inspira... Expira... Inspira... Expira... - faço isso com Krystian durante alguns minutos até o mesmo se acalmar, ou pelo menos passar de uma crise de ansiedade para uma crise de choro.
Após começar a respirar normalmente, o abraço e ele já chora menos. Fico uns minutos abraçado a ele, até que o mesmo me larga e olha pra mim, os olhos ainda vermelhos e inchados, mas desta vez sem lágrimas e os arranhados já sumindo do pulso.
Ele me dá a mão e me puxa até seu quarto. Faz sinal para me sentar na cama, me sento e ele vai até a porta do banheiro.
- Eu já venho. - diz entrando no banheiro.
Claro, fiquei preocupado, mas esperei.
Após uns minutos, Krystian abre a porta do banheiro e vai até mim, se deitando na minha frente com a cabeça encostada no meu peito. Olho para seu rosto e vejo algumas lágrimas, automaticamente meus olhos descem para seu pulso e vejo alguns cortes ali. O puxo para cima, fazendo com que sua cabeça fique mais ou menos na altura do meu queixo e o abraço forte.
Ficamos o resto da tarde ali abraçados e acabamos por dormir assim mesmo, com a porta trancada, obviamente.
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NOTAS DA AUTORA:
Resumo para quem optou por não ler: O pai de Krys encontrou cartas que o mesmo escrevia de madrugada durante crises de ansiedade na secretária do mesmo. Any ouviu o pai de Krys gritando com ele e chamou Lamar que foi pra casa do Krys, mas quando chegou lá o pai de Krys já tinha fugido. Lamar acalmou Krys e passou a tarde e dormiu com o mesmo.
Votem no capítulo, a cada voto um ano a menos de vida nos racistas, lgbtfóbicos, gordofobicos, machistas e afins 😍🙌
Espero que gostem, não aguentei pra postar só amanhã e desculpem pelo capítulo mais curto que o normal.