My Girl | Draco Malfoy & You

Cʜᴀʀᴘᴛᴇʀ 48

— Meu deus, como você aguentou tudo isso? Eu já teria explodido! - Daph disse após ouvir o resto de minhas férias.

— Também não sei, mas acho que o que mais me preocupa nessa situação é Draco, eu me coloquei nisso para ajudar ele, mas não consigo...

— S/n, olha pra mim - disse e eu levantei a cabeça - Olha onde você se meteu por esse garoto! Se isso não for suficiente pra ele, ele é um filho da puta - se alterou.

Dei de ombros, voltando a fitar o chão.

— Porém... - continuou - Você também tem que entender o lado dele. Do mesmo jeito que você se sentiu horrível por isso no começo, mesmo que agora pareça uma louca gostando disso - falou brincando e eu dei um tapa leve em seu braço - Ele deve estar se sentindo muito mal por tudo que está acontecendo. Tenta conversar com ele, se entendam. - assenti me senti melhor - Mas, querida Brown, eu te conheço, então já digo que é para você abrir o jogo, falar tudo que você sente. O Draco não vai usar isso contra você, então você não precisa ter esse medo com ele.

Aquilo era verdade, o motivo por eu odiar sentimentos e achar que eles me deixam fraca, é que sentimentos eram a coisa que mais me causava medo.

A partir que você se permite sentir coisas por alguém, a pessoa é totalmente capaz de deixar você fraca, acabar com o último pingo de autossuficiência que resta, isso era o que mais me dava medo.

E era o porque eu amava Draco. Ele é a pessoa nesse mundo que mais me passa a segurança de que ele nunca faria isso comigo, até porque, ele demonstra seus sentimentos do mesmo jeito que eu, de modo que se de alguma forma um quisesse acabar com o outro, acabaria da mesma maneira.

Mesmo assim, aquilo era um trauma psicológico que me seguia em todo lugar.

Era um jeito de não confiar em qualquer um, mas também de perder pessoas.

Assenti para a loira e deitamos, eram quase 1:30 da manhã.

— Daph - a chamei e ela respondeu com um "hm" sonolento - Se um dia a gente se fuder no amor, vamos nos casar?

— Eu adoraria casar com você - falou com a voz grogue por conta do sono e se mexeu na cama - Boa noite, Brown.

— Boa noite, Greengrass.

[...]

Draco não apareceu no café. Blaise disse que ele estava doente.

— Tem certeza? - perguntei apreensiva - É o primeiro dia de aula, eu vou lá ver ele.

Fiz menção de me levantar da mesa, mas Blaise deu um pulo:

— Não! Quer dizer... Ele deve estar dormindo agora, depois você fala com ele.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele saiu apressado, Daph agarrou meu braço:

— Vamos S/n, estamos atrasadas para a primeira aula.

[...]

Como hoje eu não tinha aula com o novo professor, passei todas as aulas completamente distraída, quando acabou a última aula depois do período de almoço (o qual eu também não vi Draco) fui para meu dormitório, deixei meus livros e minha varinha e fui para o único lugar que me ajudava a pensar.