Capítulo 3

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"Fomos ter um final de semana a dois. Deixamos dinheiro no potinho da cozinha caso precise. Cuide-se." – Dizia o bilhete ainda na porta da geladeira.

Acordei cedo sábado para poder faxinar a casa (coisa que pessoalmente amo fazer), ligando o som bem alto e cuidando de tudo que parecia ser importante para a organização de minha home. Terminei tudo umas 17h00 já cansadinho, ligando assim a tv da sala e me jogando no sofá, pensando no que poderia jantar naquela noite; quando sinto meu celular vibrando como louco.

A princípio ignoro porque provavelmente deveria ser uma empresa de telemarketing, até tocar pela quarta vez consecutiva e isso me irritar; assim peguei o celular e pronto para xingar a pessoa ao outro lado da linha disse:

- O que é? Quem é? – Perguntei irritado

- Calma parcinha. – Disse Juno do outro lado da linha. – Vai me bater é?

- Ah, oi Juno. – Respondi. – Nem olhei quem tava ligando.

- Percebi pelo estresse que atendeu rs. – Falou rindo. – Muita calma nesse coração peludo.

- Como você é engraçadinho, não? – Debochei.

- Eu sou maravilhoso. – Disse. – Enfim, qual a boa dessa noitinha gostosa?

- Para hoje minha casa e talvez uma pizza vendo filme. – Respondi.

- Como assim meu parcinha? – Perguntou. – Pensei que teria algum rolê para dar aquela relaxada.

- Não to afim hoje não. – Respondi. – Quero dar uma relaxada em casa mesmo. Ficar mais de boas, sem a necessidade de ficar em algum local muito barulhento e cheio.

- Hmmmm entendi. – Disse. – Então hoje vai ficar suave?

- Exatamente. – Respondi. – Meus pais saíram para curtir e vou aproveitar para ficar mais de boas em casa, curtindo o silencia e a calmaria rs.

- Então tá sozinho em casa cachorro? – Perguntou.

- Aham. – Respondi. – Casa livre para minha alegria. E você? Onde tá agora?

- Estou dando um rolê pela rua mesmo. – Respondeu.

- Legal legal. – Falei.

No mesmo momento a ligação pairou em um silêncio mútuo, ainda pensei que a mesma tinha caído mas não, e ainda conseguia ouvir o barulho da respiração de Juno junto ao som dos carros na rua.

- Juno? – Indaguei. – Está ai?

- Lucas... – Disse Juno em tom de receio.

- Oi? Está me ouvindo? – Indaguei.

- Lucas, não quero voltar para minha casa hoje! – Disse em tom sério. – Posso ficar contigo essa noite?

Mais um silêncio se fez em linha e dessa vez por minha culpa, pois nem esperava um pedido dessa, e por incrível que pareça não sabia o que responder, me convencendo a dizer a única coisa que veio no momento:

- Claro Juno. – Respondi. – Pode sim!

Posso Ficar Contigo Essa Noite!? (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora