Capítulo 2

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Piscaram e eu tô de volta, que coisa, não?

Eu acho os capítulos dessa fic bem curtinhos, daí acho que vou postar dois no dia. É isso. Boa leitura!

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Ah, Maca.

Por que?

Por que fez isso comigo?

Eu não consigo mais te ver assim, Macarena.

Eu não aguento te ver assim.

Ando de um lado ao outro da sala, ansiosa. Os minutos não parecem passar.

Me sento na poltrona ao lado da sua cama.

Seus cabelos loiros não tão claros esparramados pelo travesseiro, e o cobertor indo até acima da cintura, com seus braços para fora.

Peguei sua mão delicada e a beijei, segurando as lágrimas. Eu não ia chorar. Tinha que me manter forte. Por ela.

Cobri seu corpo todo, por que o ar-condicionado do hospital estava frio, e não queria que ela ficasse doente. Me sentei novamente, abrindo o livro. Estava lendo para ela seu livro favorito, "A Culpa é das Estrelas". Ela tinha me dito, muito tempo atrás, que já tinha lido mais de dez vezes, mas não se cansava. Era uma história linda demais, da qual ela não enjoava. Eu nunca tinha lido, aquela era a primeira vez. E estava lendo com ela.

Li dois capítulos, e fechei o livro. O deixei ao lado da cama e me levantei. Ver minha Macarena daquele jeito machucava demais, mas não a deixaria sozinha.

Me aproximei lentamente, passando a mão pelo seu cabelo. Uma das mãos na cama, perto da sua, e a outra segurando seu lindo queixo. Aquele que costumava encher de beijos ao acordar. Aquele queixo meigo. Da minha garota.

-Maca... -sussurrei, os olhos já marejados- eu não vou desistir de você. Eu sei que você vai voltar para mim. Nós fomos feitas uma para a outra. Não é um acidente que vai nos separar. -chorando, juntei nossos lábios em um beijo, longo e sentido- Eu te amo Maca

Assim que me separei, senti uma mão sobre a minha, pousando de forma rápida e extravagante. Ela abriu e piscou os olhos, que logo fechou novamente. Tudo não durou nem trinta segundos, mas eu me exaltei com a ação.

-Maca! -gritei- Enfermeira! Ela se mexeu!

O quarto se encheu de médicos, que analisaram os equipamentos.

Fiquei esperando ansiosamente. Mas as notícias não eram boas. Foi mais um intervalo lúcido. Não sabiam se podiam considerar aquilo como avanço.

Agradeço aos médicos, que saíram.

Certo, não seria naquele dia que ela sairia andando pelos corredores.

Talvez não fosse amanhã.

Ou semana que vem.

Ou mês que vem.

Mas está tudo bem.

Não tem problema, Maca.

Eu vou te esperar.

Amnésia - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora