Atrozes

Mentira tem pena curta

Hey! Esse capítulo é dedicado a hackhidalgo por ter acertado o título :) Saiu uns minutinhos mais cedo porque eu quis.

Also Wattpad não enviou a notificação do último capítulo pra quase ninguém, então confiram se leram o anterior antes desse (e não esqueçam de votar hihi)

Boa leitura <3

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Domingo, 17 de junho

Josh

Abro os olhos devagar. Na mesa de cabeceira, meu celular vibra com o despertador. Desligo. Noah ainda está dormindo. Reparo no cabelo castanho bagunçado, nos poucos pelos no queixo, próximos à pintinha, nos cílios grandes, e nos lábios meio ressecados. É a mistura certeira entre o bonito e o adorável.

Levanto. Espreguiço. Bocejo. Passos até o banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes. Sorrio ao ver minha escova ao lado da de Bailey. Talvez pareça idiota, mas saber que tenho uma escova de dente na casa de cada um dos meus amigos me traz um certo conforto, a sensação de um lar. Aproveito para urinar e volto para o quarto.

Um raio de sol bate na bochecha do meu namorado. Faço um carinho.

— Ei, Nô, acorda.

— Hm?

— Precisamos ir embora, Bay disse que os pais dele chegam às 10h. E eu prometi pra Sina estar cedo na casa dela.

— Ok... — Esfrega os olhos, tentando se acostumar com a claridade no ambiente. — Bom dia.

— Bom dia.

Noah não demora muito a catar as roupas e os poucos pertences jogados. Mando uma mensagem para Bailey dizendo que tirei a roupa de cama, peguei uma camisa emprestada e comi os iogurtes do frigobar.

Saímos da casa.

— Josh... Sobre ontem...

— Ontem foi ótimo. Não precisa pedir desculpas de novo.

— Ok. Eu tava pensando... Quer ir lá pra casa algum dia dessa semana? Você nunca foi. Sexta-feira minha mãe tem um encontro com umas amigas, então deve chegar tarde. Pode dormir lá também, é só não fazermos nada suspeito quando ela voltar.

— E a sua irmã?

— Minha irmã tem oito anos, só botarmos ela pra ver algum filme da Barbie.

— Ok. Eu topo.

Me despeço de Noah sem tanta enrolação, só um beijinho rápido, e trato de ir logo para a casa de Sina. Prometi chegar cedo e, para falar a verdade, estou bem preocupado com ela. E com o que aconteceu ontem. E com várias outras coisas nas quais prefiro não pensar muito. Pensar demais só me traz problema. Às vezes, o melhor remédio é esquecer.

Chego em pouco tempo sendo atendido por Francyne, dessa vez bem menos animada. Ela me oferece um café, o qual recuso por não estar lá super disposto a ingerir cafeína.

Encontro Hina na sala, vendo uma série qualquer em japonês. Até penso em dar um susto, mas ela deve ter tido uma noite difícil de sono, e a ideia começa a se mostrar cruel demais.

— Oi.

— Josh-kun, bom dia.

— Bom dia. — Caminho até seu lado, sentando no enorme sofá branco. — Como foi ontem?