Depois de Jenna soltar Hayley, a mesma foge juntamente com seus capangas. Jenna já esperava que Davina soubesse da verdade e que a odiasse, mas isso não aconteceu, Davina não conseguia odia-la, nunca conseguiria isso, e esse pequeno fato torna tudo...
Jenna e Davina tinham acabado de chegar do centro- ambas foram comprar novas roupas para a Davina- e agora estavam sentadas na mesa que tem ao ar livre tomando o café da tarde e conversando
– Eu ainda não acredito que fui capaz de fazer essas coisas que você disse, de me drogar, ainda mais com a minha doença
– Eu sei meu amor, mas o mais importante é você continuar tomando os seus remédios
– Você acha que se eu continuar tomando os remédios, eu vou conseguir lembrar?
"Espero que não"- era o que Jenna queria responder
– Claro- Jenna dá um leve sorriso e Davina sorri também
– Porque me deixou lá mãe? Porque não foi me buscar lá e me trazer de volta, mesmo que a força?- pergunta inconformada que a sua própria mãe havia deixado que ela chegasse a esse ponto
– No começo eu não fazia idéia que você tinha um problema, mas aí eu fui te visitar em Milão e vi a sua situação, pedi que você voltasse comigo, mas você se recusou
– Poderia ter me obrigado- Davina declarou
– Não podia Elena, você está incontrolável
– Tanto assim?- Jenna segura a mão de Davina e sorri
– Não vamos falar disso meu amor- Davina suspira e assente- amanhã vamos embora de Los Angeles
– Porque?
– O médico diss que vai ser melhor para a sua recuperação, vamos para Ojai- Davina enrruga o cenho- Ojai é uma pequena cidade da Califórnia, é bem calma e afastada daqui, vai ser bom pra você
– Se você diz!- Jenna sorri
– Você vai amar, meu amor, vai poder andar a cavalo, fazer trilhas, tem um lago lindíssimo. Você vai se apaixonar pela cidade- Davina sorri e balança a cabeça concordando com a sua mãe
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Já de noite, e Davina dorme para que amanhã, no dia da viagem, ela esteja descansada
A noite estava meio fria, e Davina se mexia na cama de uma lado para o outro, imagens vinham na sua mente. Ela estava em pé, em cima de uma cadeira e já tinha amarrado o pano em seu pescoço e pulado da cadeira
Uma sensação agonizante alcança ela, ela mexe os seus pés de um lado para o outro, e mesmo sendo um pesadelo, Davina sente como se estivesse se sufocando de verdade. Mas então uma porta é aberta, e a primeira coisa que ela vê, são um par de olhos castanhos que a encara com os olhos arregalados
Ele corre até ela e a segura pela cintura fazendo com que ela pare de se mexer, e então tira pano do seu pescoço e a trás pra perto, como se a estivesse a abraçando. Então, aquela sensação agonizante que Davina sentia a segundos atrás, havia passado e aqueles olhos castanhos e o abraço quentinho que o homem estava lhe dando, foi o bastante para que ela se acalma-se e pudesse dormir tranquilamente
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Jenna e Davina estavam em um carro indo rumo a Ojai, elas estavam indo de carro- então a viagem duraria mais ou menos cinco horas
– Aconteceu alguma coisa?- Jenna pergunta a Davina que estava com a cabeça encostada no vidro do carro com o olhar pensativo
– Hum?- Davina pergunta não entendo o que Jenna tinha falado
– Perguntei se aconteceu algo?- Davina balança a cabeça negativamente
– Não, não, foi só um sonho estranho que eu tive- Jenna a olha preocupada
"Será que ela se lembrou de algo?"- foi a primeira coisa que passou na cabeça da loira
– E sobre o que era esse sonho?- Davina suspira pensativa, será que ela deveria mesmo contar?
– Bom, no começo tava mais pra pesadelo- Diz olhando para Jenna e a loira a olha interessada- o começo eu tentava me matar
Jenna arregala os olhos lembrando que ela realmente tinha tentado isso uma vez
– Eu sei, doido né?- diz rindo- mas aí...- para se lembrando da sensação de ter aquele homem perto dela
Era como se ela estivesse abraçando ele mesmo, era um abraço tão reconfortante que parecia real
– Mas aí...?- a loira incentiva a filha a completar
– Mas aí um homem apareceu e me salvou- diz sorrindo
– Um homem?- Davina assente- que homem?- pergunta preocupada por achar que ela está se lembrando de Kol
– Não sei, não consegui ver o rosto dele, só os olhos, mas eram uns olhos tão expresivos e tão bonitos- diz sorrindo e suspirando logo em seguida- acha que era uma lembrança?
– Talvez sim, talvez não, mas eu acho que foi só um sonho mesmo- diz jogando um balde de água fria em cima da esperança de Davina- mas não se preocupe, uma hora você vai lembrar- a morena assente e volta a encostar a cabeça no vidro
"Parecia ser tão real"
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