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» S/n «

Quando o Noah estava falando aquilo, meu coração batia forte, mas eu ainda sim tinha raiva, eu não consigo esquecer as coisas facilmente.

— Como eu me sinto? Você quer saber como eu me sinto? — perguntei à ele.

— Sim, pode ser qualquer coisa, raiva, ódio, sei lá, eu só quero saber — respondeu me olhando bem no fundo dos olhos.

Seu olhar me queimava por dentro, toda vez que olhava para ele, tinha vontade de dar um soco bem no meio de sua cara, mas também queria beijar aqueles lindos lábios.

Estava com dúvida se contava realmente o que sentia ou se falava a mesma coisa de sempre, que não ia rolar mais nada entre a gente.

— Noah, pra falar a verdade, eu gosto de você e nunca deixei de gostar, mas quando eu te olho tenho vontade de te bater — ele riu.

— S/n, eu já mostrei pra você que eu mudei, que eu não sou o mesmo cara de antes, então porque não tentamos? Se vermos que não vai dar certo, terminamos. O que acha? — olhou para mim com uma esperança no olhar.

Eu não sei o que eu faço, gosto dele mas não sei se consigo ficar com alguém que me abandonou. Mas e se eu conseguir?

— Acho que... acho que po... podemos tentar — disse olhando no fundo de seus lindos olhos verdes.

No momento em que eu disse isso, ele deu um sorriso tão grande que me fez abrir um também.

Pôs sua mão em meu rosto e encostou seus lábios nos meus, sua boca é tão macia, se encaixa perfeitamente com a minha. Ele pediu passagem com a língua e eu cedi. Nossas línguas dançavam na mesma sintonia, parecia que o mundo todo tinha parado e só estávamos eu e ele, aqui e juntos. Encerramos o beijo com um selinho.

Noah encostou sua testa na minha, me olhou nos olhos e sorriu.

— Não deve nem passar pela sua cabeça, o quão feliz eu estou agora — Noah disse sorrindo e eu retribuo. Ficamos um tempo em silêncio só aproveitando o momento, mas eu comecei a rir e ele me olhou sem entender nada.

— Que foi? — me perguntou.

— É que lá no karaokê eu cantei aquela música dando uma indireta direta pra você e agora a gente está aqui assim! — falei entre risos e nós dois começamos a rir muito.

— Bom, agora eu preciso ir — falei me levantando.

— Mas já? Tá cedo! — ele disse se levantando também.

— Cedo? Noah, já são 00:58 — falei olhando no relógio que está na parede e me dando conta de que estou sem minhas coisas — NOAH! Onde estão as minhas coisas?! — perguntei um pouco desesperada.

— Calma, o Pedro me mandou mensagem falando que ele levou pra casa — explicou e eu dei um suspiro de alívio.

— Ufa! Então eu já vou indo!

— Fica! Você não tá com fome? Quer comer? — perguntou vindo em minha direção.

— Olha, não vou negar! Tô com fome sim! Eu nem jantei — disse dando um sorrisinho.

Emma Urrea | Filha de Noah UrreaWhere stories live. Discover now