Flores de Mármore

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Sabes de mim? Por ora nao.
Quisera eu ser outrora paixão,
Coração vazio carrega alma sombria,
Acarreta dores de traumas,
Carmas adentro da esquizofrenia.

Tu sabes o que sou? Não negue a névoa,
Sabes por onde a treva andou, mas nega a sua flexa.
Por um feiche de luz eu segui-te,
Nao faça desfeita a minha neutralidade,
Você nao sabe, nao faz parte,
Sigam-me os bons, e desfaçam-se em pedaços e partes.

O meu cemitério, tu sabes onde fica minha lápide,
Flores maciças, dores descritas em mármore,
Cárcere, desamarre-me,
Tu sabes de mim,
Mas por mais que sabe de minha história,
Minha trajetória não terá fim.

Enfim ando sozinha durante o hostil,
Disseram-me que sou vil,
Não viu que cheguei e passei por sua porta?
As janelas estavam trancadas, então voltarei outra hora.

Por estar morta, fiz de mim minha estrada,
Sob as beiradas da pista fiz o meu memorial,
Sabes que a luz sobre as trevas é engolida,
Os corvos cantam, a noite sobe,
E você sabe que é cotidiano,
Normal,
Porém letal.

Memorial do que NUNCA se foiWhere stories live. Discover now