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2019

O ômega subiu as escadas sob os braços fortes do alfa, em momento algum pararam de se beijar, era como se seus lobos estivessem sob seus controles, eles faziam o que tinham vontade.

Pela primeira vez em anos, Asahi não estava preocupado com as consequências no dia seguinte, se tivesse problemas com jaehyuk, que se fodesse, tudo que ele queria era sentir o mais velho dentro de si.

E o yoon não estava diferente, seus olhos estavam vermelhos como nunca e só o cheiro do hamada o fazia tremer, nunca tinha se sentido assim antes. Estava tão fora de órbita, que sequer olhou para qual quarto caminhava, simplesmente entrou e jogou o japonês sobre a cama, tirando sua camisa e vendo o outro lamber o lábios. Mas, antes de também tirar suas roupas, Asahi olhou em volta e se chocou. Estavam no quarto de mashiho e junkyu.

Os dois evitavam a todo custo entrar ali, para preservar o pouco que sobrou de seus amigos. O cheiro dos dois ainda estava por todo o ambiente, as fotos de família ainda decoravam cada cantinho daquele quarto. Jaehyuk, dominado pelo lobo, não prestou atenção, até atacar novamente o pescoço já marcado de asahi e se assustar ao sentir o cheiro de mashiho.

- Hyukie... É o quarto deles... - Disse o ômega, regulando a respiração.

- Nós nunca entramos aqui, é um quarto lindo...

- Sinto falta deles... - Falou asahi, olhando o porta retrato que ficava na mesa de cabeceira. Um lágrima escorreu e ele nem quis segurar o choro, porquê tudo doía quando o assunto era o casal falecido.

O yoon segurou o cozinheiro nos braços e o guardou num abraço cheio de intimidade. Por mais que tentasse, o alfa se sentia tão mal, pensava em junkyu o tempo todo, principalmente quando estava com seus filhotes. Mas agradecia ao amigo, graças à ele, tinha uma família e isso era a coisa mais importante para si.

Sentindo seu pescoço ser molhado pelas lágrimas do japonês, ele lhe agarrou a cintura e levou o hamada para seu quarto.

- Está tudo bem, está tudo bem. - Deitados na enorme cama de casal que existia no quarto de jaehyuk, o mais novo estava em cima do corpo forte do yoon, como um coala. Ainda chorava baixinho por ali e o alfa acariciava às costas, tentando desesperadamente acalmar seu amor.

- Sabe, apesar da minha cara inchada, do nariz escorrendo e do choro, me sinto melhor aqui, desse jeito do que se estivesse transando com você. - Falou o japonês, levantando o rosto.

- É, acho que valorizo mais isso do que sexo, mas ainda quero fazer.

- Insensível. - Deixou um tapa fraco na bochecha do alfa, que sorriu e beijou a ponta do nariz do ômega.

- Talvez seja cedo mas eu juro... - E as palavras morreram, porque ele simplesmente não sabia como dizer que estava totalmente, completamente, loucamente apaixonado por asahi.

- Jura...? - Incentivou.

- Que amo sua comida. - Disse rapidinho e viu o hamada revirar os olhos, tentando se levantar mas jaehyuk não deixou o pobre coitado sair de seu abraço. - E amo seu sorriso, amo seu cheiro, amo ver você animado, amo ver você com as crianças, amor ver você feliz, amo seu corpinho magrelo, amo seu silêncio, amo seu estresse, amo quando seu lobo toma conta e você fica diferente... - Ele teria continuado se asahi não o interrompesse.

- Jaehyuk! - Olhava bem no fundo dos olhos do mais velho, via tudo e ali não tinha um pingo de mentira. Era tudo real, seu lobo pulava assim como o do mais novo. Era sobre aquilo. Sobre aquela euforia, sobre aqueles corações acelerados, sobre os narizes se roçando, sobre tudo isso. - Eu também amo você.

Um misto de sentimentos se fez nos dois, afinal em qual realidade paralela yoon jaehyuk estaria amando alguém e esse alguém fosse justamente hamada asahi ? Pois é, irreal até aos ouvidos.

O japonês ganhou um selar na testa, e um na bochecha esquerda, na bochecha direita, na pontinha do nariz e por fim nos lábios, que coçavam em ansiedade. Era tão puro, eles não precisavam de nada, eram só eles ali e estava tudo bem.

Rolavam na cama e riam, porquê cada cantinho daquele quarto era preenchido pela felicidade mais genuína do mundo. Não, eles não transaram, asahi ainda não tinha marca mas naquela noite, fizeram um pacto muito mais valioso que o carnal.

Prometeram se escolher todos os dias. E sinceramente, se escolheriam mais milhões delas se fosse preciso pois se amavam tanto, tanto que uma vida era pouco. Eles transbordavam.

Mais tarde, eles saíram de sua pequena bolha de edredons e alegria (e saliva, vale ressaltar.), quando Park jihoon bateu na porta de baixo com um sorriso maior que a cara, um carrinho com dois bebês adormecidos e um garotinho nos braços.

- Não me deem detalhes, estou bem! Aqui estão seus filhos, as coisas dos filhos e vintão que o hyunsuk ficou devendo para o hyuk no outro dia. - Disse tudo rapidamente e correu dali, logo entrando em sua minivan, porquê ele tinha um filho muito social e dois sobrinhos, então precisava de espaço. O alfa saiu dali em menos de cinco minutos, deixando um recém casal risonho para trás.

Asahi sabia que amanhã seria surrado de perguntas, jaehyuk sabia que seu celular estava explodindo em mensagens descontroladas de hyunsuk mas nenhum dos dois se importava.

Com seus filhotes nos braços, se beijaram mais uma vez naquele dia. Estavam completos. Seus lobos estavam felizes. Eram uma família, diferente e formada em circunstâncias cruéis mas uma família feliz e completa. Não precisavam de mais nada.

Ok, o autor achou fofo!

novamente, peço perdão pela demora mas veio ai!

Ohana; Asahyuk Onde histórias criam vida. Descubra agora