Cap 34

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Azrael Pov's

Seu dedo estava pressionando o gatinho, e assim que ele o apertou de vez, não tinha mais o que pensar ou reclamar, o que foi feito, será...porém, não aconteceu nada, o que me fez, ficar comfuso.

Só vejo o meu irmão jogando Matheus pra longe de mim, Asael vem até mim e me tira daquela cadeira, e não entendo mais porra nenhuma.

_O que é que aconteceu aqui?_(Minha expressão não expressava outra coisa, a não ser confusão, o que foi tudo isso?).

_Eu tirei as balas da arma de Matheus, eu queria testa uma coisa, e agora tenho certeza._(Ele me olha com desaprovação, vira as costas e sai, fico ali, estáticos alguns segundos, e depois eu saio).

Quero ver uma pessoa, que nunca mais terei a confiança, eu ainda quero sua presença perto, não ligo se ela vai me despresar, nada mais nessa merda de vida faz sentido mesmo, então por que não arriscar.

[ ... ]

Cheguei na casa dela, passei pela parte de trás e pulei o muro, a piscina estava vazia, assim como o grande jardim que ali tinha, realmente as coisas não mudaram nada, passei calmamente pelo gramado, e subi para a varanda do seu quarto, que aparentava estar vazio.

Caminho silenciosamente pelo quarto dela, e percebo que as coisas aqui mudaram, paredes estão acinzentadas, nada aqui tem mais cor, ou alegria, vejo o que parece ser um retrato rasgado no chão, vou até ele me agachando e pegando, olho atentamente e vejo que era uma foto em família, o rosto de todos estavam riscados, menos o de um casal.

_Deve ser os pais dela._(Murmuro baixo vendo o quanto ela deve os amar ainda, mesmo depois das merdas que aconteceu).

Derrubo o restos da foto no chão, quando escuto barulho de alguém vitimando, vindo do banheiro, vou até lá em passos apressandos, e abro a porta, onde ela está agachada perto da privada, tinha uma caixa de comprimido em suas mãos, e uma xícara vazia.

_O que você faz aqui?!_(Diz ela meio desnorteada, a mesma não tem forças para reagir ou reclamar, seja lá o que ela tem, não deve ser algo legal).

_O que você tá fazendo!?_(Vou até ela, e me abaixo perto da mesma, tirando seus fios castanhos do seu rosto).

_Não te interessa._(Diz ela dando um tapa na minha mão, afastando seu corpo para trás, tentando manter distância de mim)._Sai daqui!

_Não._(Puxo o corpo dela pra perto de mim, porém ela não parava de se remexer, tentando se soltar dos meus braços)._O que tá havendo com você?

_Eu já falei! Não te interessa, sai da minha casa!_(Ela tenta me empurrar, mas é inútil novamente, pego ela no e levo ela até a cama, colocando ela sentada).

_Prontinho._(Digo me sentando ao seu lado, a mesma fecha a cara e vira o rosto, o que deixava ela fofa).

Eu entendo sua revolta comigo, mas eu só quero tentar ajudar ela, pra tentar me redimir, da merda que eu fiz, que eu reconheço, que foi muita.

Alana Pov's

Sua presença é agoniante para mim, querer que ele suma de novo, não é tão difícil assim, mas parece que pra ele é.

_Por favor Alana, tô tentando me redimir com você._(Ele coloca uma de suas mãos no meu rosto, e vira na sua direção, me fazendo encara-lo).

_Não é nada que te seja importante._(Digo sentido novamente um embrulho no meu estômago, tento não expressão essa sensação agoniante, mas ele franzi a testa percebendo meu mal estar).

Me levanto da cama correndo, e vou até o banheiro, e ajoelhando na frente da privada, e vomitando o resto dos comprimidos para fora, fico com raiva e bato no chão, detestando tudo isso.

Apenas vejo sua sombra se aproximando de mim, apenas fecho a privada, dando descarga e me sento na tampa, enquanto passava os dedos entre os meus cabelos, suspirando.

_Alana..._(Ele abre a boca pra falar algo, mas me levanto e faço um sinal com a mão, para que ele não falar nada).

_Eu tô grávida._(Digo secamente, querendo que fosse mentira, mas a vida não é perfeita)._Antes que você pergunte como, eu respondo._(Olho para sua cara espantada, e penso no jeito menos estranho e constrangedor pra falar)._Luan, o menino que você tinha visto na lanchonete, a um ano atrás, ele me dopou e abusou de mim, e agora ele está preso.

Ele me entrelaça em seus braços, e me puxa e abraça, o seu cheiro não mudou nada, a não ser o cheiro de álcool e cigarro impreguinado na sua roupa, que tento e inguinorar, sua mão acaricia minha cabeça, na tentativa de me oferecer carinho, apenas aceito sem reclamar.

_Eu sinto muito._(Ele Susurro com um tom de voz estranho, sinto seu corpo se apertar contra o meu, me fazendo ficar espremida)._Muito mesmo._(Sinto uma gota molhar o meu rosto, e percebo que ele está chorando, eu nunca tinha visto ele assim).

_Tá tudo bem Azrael, isso já não importa mais._(Digo me afastando dele, mais ainda com as mãos sobre seu peito)._Só quero matar essa coisa agora, mas não estou conseguindo.

Ele me encara sério, enquanto aparentava pensar em algo, seja lá o que for, espero que me ajude, já que ninguém pode saber disso, já tenho problemas demais.

_Você realmente quer que esse bebê morra?_(Ele pergunta me olhando neutro, não entendo o por que dele ainda querer perguntar, ninguém iria querer ter um filho, fruto de um abuso).

_Obvio Azrael, tenho certeza._(Olho pra sua cara e viro o rosto de lado, e logo sorrio de lado, e ele fica confuso)._E você Azrael, tá satisfeito por Gabriel ter morrido?

Ele não diz nada, logo sorri de lado e afirmando com a cabeça...

_Mais é claro._(Seu sorriso era largo, expressando o quanto estava feliz pela morte do "amigo", mas quem sou eu pra falar né, mandei Sammy para o hospício junto com a sua mãe)._Mas me fala, ainda tem aquela sala só com bebidas?_(Pergunta ele se inclinando na minha direção, com um sorriso no canto da boca, enquanto cruzava os braços).

_Sim, mas por que a pergunta?_(Digo ligando a torneira e lavando o rosto, e limpando a boca que estava com um gosto ruim).

_Você não quer abortar, então, bebidas alcoólicas, entre outras coisas forçam isso._(Ele diz dando os ombros, sem olhar pra mim, pelo visto ele não vai tentar me impedir, o que é bom)._De noite eu venho aqui, e trago outras coisas que podem ajudar, ok?_(Diz ele se virando pra sair do quarto, me olhando de canto do olho).

_Ok._(Falo tranquila e logo ele sai do quarto, pulando a janela e logo sumindo da vista, me deixando sozinha novamente, pelo menos ele tá fazendo algo útil pra alguém a não ser ele).

Peguei a caixa de comprimidos e joguei no lixo, e peguei a xícara que eu usei pra beber água, e sair do quarto pra colocar ela na cozinha, no caminho percebo o quanto a casa está tranquila

Continua...

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Bjs e até a próxima.

Demônio não, sociopata. - {REVISANDO}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora