Destino - Leozin

Capítulo 4

Comentem muito, é a forma de eu saber que vocês estão gostando e de me animar a fazer os próximos.
Obrigada ❤️

— Acho que vou indo — Minha mãe levanta ajeitando o prato dela — Lava a louça, Manuela.
O jeito que ela falava comigo era engraçado, todo mundo pensava que ela tava brava. Mas ela só respeitava o fato de eu não gostar do Manu, bom, de vez em quando.
— Você quer uma carona, Léo?
— Acho que vou ficar mais um pouco — Léo diz me olhando — Se a Manu não se importar, nem você.
— Fique o tempo que quiser, só não quebrem nada.
Leo da uma risada pra mim, me olhando.
Ele tava começando a me deixar nervosa e eu nem se quer sabia o porque. Minha mãe se levantou, pegando a chave no balcão e indo embora.
Ficamos só eu e ele ali, sozinhos na cozinha.
— Eu lavo a louça — Ele da de ombros pegando meu prato.
— Não precisa.
— Eu tô ligado que você não gosta, sou seu amigo desde criança. Lembra?
Dou um sorriso e deixo ele fazer a parte dele. Bom, uma louca não ia fazer a mão dele cair mas com certeza nosso "namoro" ia fazer minhas amizades irem pro espaço.
— Vai fazer alguma coisa a noite?
— Tenho muita lição — Falo olhando pra janela — Quer ajuda?
— Na verdade, acho melhor eu ir depois que terminar aqui. Amanhã já vamos ter que ficar muito tempo junto né — Ele ri mas eu percebo que tem um pouco de preocupação na voz dele, talvez pense que eu não gosto da companhia dele.
O que ele não sabe é que nada mudou. Continuo gostando dele por perto.
— Obrigada — Falo vendo ele colocar o último talher no escorredor.
— O que você tá fazendo por mim, nem se compara — Ele segura meu dedo dando um sorriso.
O Leonardo não tinha uma estatura normal, ele tinha mais ou menos 1,90. Ele odiava que o pessoal sempre falava da altura dele mas hoje em dia era um negócio mais normal. Pelo menos eu achei normal desde o começo.
Mas as vezes eu tinha que olhar pra ele com a cabeça inclinada, chegava a Sr engraçado.
— Que foi que você fica com essa cara de paisagem do nada?
— Nada — Empurro ele com a mão esquerda — Cê não ia embora?
— Ish, tô indo — Ele ri e vai até meu quarto pegando a mochila dele.
Quando ele chega na porta da sala, antes mesmo de abrir, ele vira e me olha.
— Manu, fico feliz que a gente voltou a ser o que era antes.
— Eu também, Léo — Dou um sorriso pra ele e aceno enquanto ele fecha a porta.
Na verdade, estou feliz. Mas tô preocupada com os meus sentimentos de criança.