Criança perdida - uma fanfiction de Doctor Who

Capitulo 15

        Sorus e Alexia saíram do salão e começaram a caminhar por um extenso corredor. Ele indicou para ela uma sala e eles entraram. Na sala vários quadros de diversos tamanhos enfeitavam as paredes.

            - Essas pinturas... Elas têm profundidade?! São em 3D! Impressionante...

            - Tecnologia dos Senhores do Tempo. – Sorus explicou.

            - É eu sei. Maior por dentro do que por fora.

            - Algumas pessoas também são assim. – eles pararam em frente a uma janela gigantesca que dominava toda a parede oposta a que estavam os quadros.

            - Eu não me canso de olhar a paisagem. Tudo aqui é grandioso. Vocês constroem tudo aqui como se quisessem imitar a natureza lá fora. Nunca vi algo como essas montanhas. Mesmo agora ao entardecer elas brilham como se fossem de ouro e prata.

            Sorus nada disse. Ele continuava olhando-a, vendo como o reflexo do segundo sol que se punha adicionava uma coloração dourada ao rosto dela. Estranho, ele pensou. Ele só a conhecia há algumas horas e estava tão encantado por ela que poderia até...

            - Então por que não ficar aqui? – ele arriscou.

            - Ficar aqui? Aqui em Gallifrey? – ela se espantou.

            - Sim. Você me disse que conhecia estratégia militar. Mulheres não são admitidas em nosso exercito, é verdade. Você é amiga do Doutor, com certeza a Senhora Presidente poderia ter algum cargo para você. Você poderia, quem sabe, até se casar... – acrescentou ele.

            Ela riu alto, divertida.

            - Sorus... Casar-me? Quem em sã consciência me pediria em casamento? Uma desconhecida, sem laços familiares em Gallifrey e humana ainda por cima.

            - Eu poderia me casar com você. – ele declarou olhando para ela profundamente...

            Alexia resolveu levar a declaração na brincadeira.

            - Se isso é para levantar a minha moral, está funcionando.

            - Nessas horas que passamos juntos nos divertimos tanto. Conversamos sobre tantas coisas, vivemos outras tantas. Você até me fez dançar em público!

            Eles riram, lembrando-se da meia dança dos dois.

            - Mas bastaria? Você só me conhece há algumas horas, como você mesmo disse. Você acha que isso é o suficiente?

            - Eu acredito que sim. Você é uma mulher impressionante, senhora Alexia. E eu acredito piamente que seria extremamente feliz se você me aceitasse. – ele rodeou a cintura dela com as mãos e a puxou delicadamente para si. Alexia sentiu que ele ia beijá-la e esperou. Ele levantou o rosto dela com a ponta do dedo em seu queixo e lentamente baixou o seu rosto em direção ao dela tocando seus lábios com delicadeza, como se temesse assustá-la.

            Alexia sentiu o beijo como algo natural entre duas pessoas adultas que se sentiam atraída uma pela outra. Mas à medida que Sorus tocava seus lábios, seu coração não se acelerou como imaginou que fosse acontecer e foi outro beijo que surgiu em sua mente.

            Ela afastou-se do capitão da guarda na mesma hora se sentindo estranha.

            - Desculpe-me Sorus. Mas eu não posso. Eu tenho de ir. O Doutor deve estar... – ela se encaminhou para a porta.