𝐷𝑒𝑠𝑐𝑢𝑖𝑑𝑜

7° Capítulo

 7° Capítulo

   Durante muito tempo, o americano amava irritar União Soviética, apesar de saber que ele odiava, isso o divertia.
Ver a cara irritada do soviético era imperdível e extremamente sexy. Como aquele homem era tão gostoso? Era uma pergunta recorrente em sua mente.

  Portanto, quando chegou o dia da reunião dos países, era tão estranho olhar aquele belo homem e, embora ele estivesse próximo, sentir uma clara distância entre eles, como um muro de tijolos.

— Certo, acho que a reunião está finalizada… — proclamou o alemão, fazendo todos rapidamente levantarem-se de suas cadeiras, criando um alto barulho de cadeiras arrastando e utensílios sendo guardados.

  Novamente, ficaram América e União Soviética, encarando-se com nervosismo.
Aquela cena era tão familiar e melancólica que o coração do americano apertou, reclamando. Por que doía tanto amar o soviético? Estava tão feliz por sua filha e o soviético parecia tão… confuso. Será que ele não estava feliz por sua  filha? Ou será que estava feliz, mas o pensamento que o americano era o pai irritava-o?

  Com tais pensamentos, lágrimas formaram-se em seus olhos. Não, não podia chorar na frente de URSS. Mas era tarde demais quando terminou de arrumar suas coisas, já estava chorando baixinho.
O soviético hesitou, mas questionou:
— Tá tudo bem, América…?-
América! Agora ele queria chamá-lo pelo nome? Sem apelidos? Seu choro só aumentou.

  O soviético levantou-se, caminhando rapidamente até ele, aconchegando-o em seus braços fortes. Era um abraço, embora muito desajeitado.

— Desculpa, eu sou um idiota — sussurrou, na orelha dele.

  O americano não respondeu, somente fungou e afastou-se lentamente do aperto.

— Tenho que ir — anunciou, saindo da sala.
— Mas…! América… — sussurrou, mas nem mesmo ele ouviu.