Capítulo 6

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- Claro. Mas eu acho que se você quer mesmo descobrir o que tá acontecendo, primeiro você tem que saber por que seu amigo tá mentindo tanto pra você.

Inês bate a porta do carro e parte pro Cafofo, sentia que as coisas estavam se alinhando e que estavam cada vez mais próximos de descobrir mais alguma coisa sobre o Manaus.

Ao mesmo tempo sentia que uma onda de confusão tava vindo pra sua vida, e essa confusão tinha nome e endereço.

- Que porra você tá fazendo comigo, Márcia?

O fim de semana passou rápido, Márcia e Inês não tinham se falado desde o dia que saíram juntas já que a policial ficou somente em casa e com uma preguiça enorme de ir pegar o carro.

Segunda-feira, mais uma semana de trabalho se iniciava. Márcia levantou cedo, na verdade, mais cedo que de costume porque não tinha mais jeito, ela tinha que pegar seu carro.

A policial vestiu uma calça jeans, uma camiseta e um tênis de corrida e foi andando até o Cafofo Bar. Chegando lá bateu na porta e ninguém respondeu.

- Pura merda... - ela falo baixinho.

Bateu de novo na porta e quando estava quase desistindo, Inês abriu a porta.

- Márcia?! Achei que não ia vir mais buscar o carro, estava quase levando até sua casa. Entra. Vem pegar a chave.

- Desculpa o horário, eu te acordei? - diz  a policial entrando no Cafofo com a Inês.

- Não. Eu levantei tem um tempinho. Eu tô passando o café, por que você não fica pra tomar alguma coisa?

- Ah obrigada mas...

- Você não atrapalhar, além do mais o Tutu ainda tá dormindo e eu odeio tomar café sozinha.

- Tudo bem.

As duas estavam onde era o bar, Inês continuou andando até uma escada e desceu, Márcia só foi seguindo descobrindo o quão maior era aquele lugar.

Inês estava com um robe preto de ceda com detalhes de renda Márcia não podia deixar de reparar.

Elas chegaram em uma cozinha / sala que estava com cheiro forte e maravilhoso de café de preto.

- Fica à vontade.

- Obrigada, pelo carro e pelo café também.

As duas ficam conversando sobre assuntos aleatórios como se fossem grandes amigas de décadas e é nesse momento percebem que existe algo mais ali.

Márcia vivia muito sozinha. Não morava há tanto tempo na cidade e trabalhava muito. Eric e Gabriela eram seus grandes amigos, mas alguma coisa naquela dona de bar chamava sua atenção.

Na última sexta-feira, observenando aquela mulher sob a luz do luar, sentiu o coração acelerar e as borboletas despertaram em seu estômago.

O passeio foi quase bobo e tinha, de fato, sido um encontro sem segundas intenções da parte da policial, mas a partir daquela noite seria quase impossível deitar e não pensar em Inês.

O que fazer a partir daqui? Se todos esses sintomas fossem mesmo da doença da paixão Márcia estava fodida. Ou pensava que estava.

- Nossa o café tá maravilhoso! - disse Márcia.

Inês sorri agradecida.

- Eu tomo desde nova. São tantos anos que já é um vício, meu dia não acontece se eu não tomar um café.

- Arrisco dizer que é minha bebida favorita, ou uma das...

- Exatamente. Quero começar a fazer um drink de café pro bar.

- Acha que vai vender bem?

- Bom, me parece que todo brasileiro, ou quase todos, adoram café e adoram cachaça. Acho que vale a tentativa.

- Eu sei que eu vou vir aqui sempre pra tomar.

Inês olha pra Márcia com uma cara de convencida e os olhares se encontram. Os corpos se arrepiam e as duas se perdem, uma no olhar da outra.

A bruxa sabia o que estava acontecendo e tentava ao máximo lutar com seus instintos. O porquê exatamente ela não sabia.

Seria por que a Márcia estava envolvida nas investigações de Manaus?

Ou seria por que, mesmo com toda a postura e independência, as borboletas do estômago eram as únicas que conseguiam assustar Inês?

Maldita adrenalina!

Mas aquilo não era paixão, era? Inês não era do tipo que se apaixona... isso era só um desejo carnal. E sobre isso Inês podia agir, não podia?

- E por que você não veio pegar o carro antes? Aconteceu alguma coisa?

- Na verdade eu fiquei com preguiça de sair, mas aproveitei pra repassar alguns casos.

- Ah entendi. E se eu te chamar pra vir até aqui no sábado, você vai ficar com preguiça também?

.........

Não morri! estou em semana de prova.

A vida do estudante não fácil, mas eu consegui  terminar de escrever mais um capítulo  e espero que vocês tenham gostado!

Até a próxima e eu vou tentar não demorar tanto!

Nosso Amor Não é LendaWhere stories live. Discover now