Capítulo II: Redenção

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Lá estávamos nós, não era apenas mais um dia qualquer, era o início de uma jornada juntos. Após o término da minha relação com a Kora, para mim era uma jornada dupla, pois já era a época de retorno às aulas e esse erá o meu último ano na secundária.
Com isso faltava apenas mais um ano para finalmente me tornar um jogador de Rugby profissional e renomado.
Esse não era um dia qualquer, era o dia em que seriam anunciados os grupos para o início do campeonato, por isso decidi chegar um pouco mais cedo ao reformatório para poder assistir as escolhas com os meus amigos e colegas de equipe. Ao chegar passei pela revista de rotina, era mais uma das regras que tinham lá.
Assim que eu entrei, a primeira coisa que vi deslumbrado, eram todos os jovens jogadores ou não, com um bolo e uma faixa que dizia "Obrigado pela oportunidade"
Anthony: Ao menos não queimaram o bolo! Dizia eu gozando com eles e com um enorme sorriso no rosto.
"Se eles tivessem queimado, eu daria cabo de cada um pessoalmente". Dizia uma das jovens do reformatório que logo em seguida veio até mim e se apresentou, com um aperto de mão, lá estava ela caucasiana, de óculos e um sorriso esquisito, lá estava ela Nicolle, era o seu nome.
Depois disso continuamos a celebrar e logo em seguida a live das divulgações começou, a nossa equipe contava com vinte e cinco integrantes, vinte jogadores, dois treinadores, dois médicos e uma assistente de informática, para minha surpresa essa assistente era a Nicolle. Logo após esse momento fomos fazer um treinamento básico de introdução ao Rugby, no final do treino eles me ofereceram uma bola de Rugby, com a assinatura de todos e não consegui me conter e soltei algumas lágrimas de alegria e felicidade.
Fiquei por mais um instante após a saída deles para descansarem e já era bem depois da minha hora habitual de saída, e aí aparece a Nicolle que encontrou-me ali especado sem fazer nada.

Nicolle: você ainda está aqui?
Anthony: Sim, não tenho muito que fazer em casa, então fiquei aqui pensando, depois de ver todo mundo feliz e alegre.

Nicolle: Interessante! Em que você estava pensando? Quer partilhar comigo?

Perguntava ela com um olhar amigável, naquele momento pensei, "essa amizade pode vir a ser incrível e interessante" , enquanto olhava para as nuvens e levei um tempo para responder até que comecei a falar.

Anthony: Eu, fiquei aqui pensando em como já estava na hora de se fazer algo diferente, quer dizer abrir a mente deles e expandir para novos horizontes, eu quero fazer mais por eles, aumentar essa felicidade que eles tiveram hoje. Quer dizer, você mesmo viu, com seus próprios olhos, não viu?
Embora uma vez tenham me dito "aprenda a conhecer seus limites", não quero que alguém venha e tire isso deles...

Nicolle: Nessa parte você tem razão! Não será justo se alguém simplesmente aparecer e tirar tudo deles, embora isso não significa que não venham tentar fazer isso. Porém lembre-se do que Albert Einstein disse: " A mente é como um paraquedas, uma vez aberta não volta ao seu tamanho original."

Dizia isso ela, enquanto olhava para as nuvens e encarava o céu azul, como se deslumbrase um futuro distante. Enquanto a nossa conversa se estendia, os guardas vieram ao campo com medo que ela tivesse fugido, e quando nos encontraram sentados nos bancos, um dos guardas pediu que ela descesse calmamente,e nesse momento ambos demos uma enorme gargalhada. Depois desse episódio eu e ela fomos juntos até o lobby e então me despedi de todos e fui até casa.

Quando cheguei meu pai ainda não havia chegado, então me preparei e fui para cama, não me lembro de ter lhe visto chegar mais logo pela manhã, escutei ele me chamando.
Ele naquele momento, somente disse para mim, "precisamos de falar", e a minha preocupação aumentou e foi aí que ele me revelou que já faz três meses que ele andava com um tumor no cérebro e que eu deveria me preparar para o pior.
Semanas depois, ele teve uma recaída gravíssima e a notícia do hospital não era a mais agradável, a cirurgia dele estava marcada para dois meses. Enquanto o médico explicava que precisaria de alguém mais velho para tomar conta das necessidades do meu pai, a única pessoa em que eu pensei era a minha Tia Jéssica, após ter ligado para ela, duas horas depois ela chegou no hospital e a primeira coisa que ela me falou foi

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