~ Atualmente ~
Ergo os olhos encarando o céu nublado, sinto uma mão em meu ombro e me viro, encaro a garota morena á minha frente e a espero falar.— E-eu queria saber se...você quer sair comigo — ela diz me olhando e mordendo os lábios, suspiro e abaixo a cabeça sentindo meu corpo se arrepiar pelo vento frio.
— Me perdoe, mas não — digo baixo e me viro, sinto a cicatriz em meu braço doer levemente e levantei a manga da blusa.
Me lembro muito pouco daquela noite, mas tenho certeza de que vi uma mulher ruiva ou seja lá o que aquela coisa era, vestida de palhaça e me mordeu. Todos acham que eu estava sonhando, mas como explicam a cicatriz?
— Esquece Caille, essa cidade é estranha mesmo — murmuro e quando estou perto de casa vejo a silhueta de uma palhaça, encaro novamente e já não estava mais lá.
Agora estou paranóico?
Adentro minha casa e sinto um alívio gigantesco, retiro o casaco e os tênis me jogando no sofá.
— É assim que os humanos se sentam? — ouço uma voz rouca e feminina na minha casa e pulo de susto.
Olho para o lado e vejo a mesma palhaça dos meus sonhos, e da minha infância.
— O que faz aqui? — questiono e me sento normalmente agora.
— Ora criança tola, eu sempre te observei e no fundo você sabe disso — ela diz e olha em volta, suspiro e acinto.
Coço minha tatuagem no pescoço e suspiro sentindo o local arder e o sangue molhar meus dedos.
— Está sangrando.. — ela murmura e eu suspiro me levantando e vou até o banheiro.
Uma mania minha de coçar a nuca com frequência, isso causou vários machucados, escondi eles com a tatuagem mas sempre que coço por algum tempo, os machucados se abrem e sangram.
— Quem é você mesmo? — questiono lavando minhas mãos é passando água no meu pescoço.
— Me chamo Cherylwise, sou a palhaça dançarina — diz com um sorriso estranho no rosto e eu prendo o riso, o nome dela é legal, mas o título..
Seco minhas mãos e saio do banheiro sendo seguido por ela, suspiro e me viro.
— E por que me segue? — questiono realmente interessado e ela me olha com uma ironia quase insuportável.
— Não sei, talvez porque você tenha sido a única maldita criança á não ter medo de mim?! — ela diz e eu dou de ombros não entendendo o porquê disso ser importante.
— Tá..mas idaí? — disse encolhendo os ombros e derrepente garras cresceram em suas mãos e ela abriu sua boca expondo dezenas ou até centenas de dentes pontudos.
Encaro aquilo encabulado, como alguém tem tantos dentes, okay também já entendi que ela não é humana.
— Ainda não sinto seu medo.. — ela murmura irritada e eu dou de ombros.
Me afasto e vou até a cozinha sentindo minha fome aumentar, não ouço seus passos mas logo a vejo sentada na bancada da minha pia.
— E não vai sentir.. — sussurro e ela me encara confusa, respiro fundo e pego um pacote de miojo no armário, abro a geladeira e pego bacon, tomates e cheiro verde.
Hi pessoinhas
Mais um capítulo, eu disse que seria diferente, só vou começar a colocar algo sangrento quando não tiver nada mais para colocar em um capítulo ou quando faz sentido colocar kkkk espero que tenham gostado.
Beijos, Bye.
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My Dear Clown |Concluído|
RomanceDuologia Clowns Livro 01: My Dear Clown Livro 02: Our Little Fairy Um garoto que não possui medos e sim receios pode se tornar interessante para a nossa palhacinha assassina? Talvez sim por ela nunca ter visto algo assim antes. Viver e se alimentar...