Por algum lugar da Europa Ocidental, século XIX, uma bela "mestiça", como os franceses costumavam apelidar, passou a vagar solitária pelas ruas de Nantes.
Uma adventícia, com o destino enlaçado à um homem indolente.
Era uma princesa, exótica,as hi...
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Já se passaram muitos dias desde que suas noites se tornaram tão agradáveis quanto nunca e aquela não seria diferente, exceto pela maneira brusca que foi acordada ouvindo o estrondo forte dos trovões que acompanhavam a chuva veraneia forte. Abriu seus olhos rapidamente, o peito subia e descia com a respiração descompensada. E ao caçar com seus olhos mesmo com a mínima luminosidade, não encontrou Madara no quarto; haviam dormido juntos, na realidade, ela havia invadido o quarto dele a procura das carícias que ela já tinha se acostumado a receber todas as noites. Aquela noite no entanto, quando despertou de supetão ele já não se encontrava ali, Sakura desceu as escadas com cuidado o encontrando vestindo seu casaco, prestes a sair.
- Que horas são? - perguntou ainda com a voz de sono.
- Talvez duas ou três. Volte a dormir não irei demorar!
- E para onde vai uma hora dessas? Está chovendo muito! - se preocupou, enquanto Madara parecia irredutível. Ele se aproximou espalmando as duas mãos no rosto dela, lhe dando um beijo na fronte.
- Sua adorável Estrela escapou do estábulo, o cuidador disse que ela está muito arisca, ele está com medo. Só irei buscá-la e logo estarei de volta para mimar o seu sono!
- Irá pegar um resfriado, Madara... - disse manhosa recostado a cabeça no peito dele - E se ela está arisca. Não acha melhor que eu vá até lá? Ela prefere eu à você!
- Não quero que você saia,e eu não fico doente com facilidade. Não precisa se preocupar!
Ele passou pela porta antes que ela pudesse contestar mais uma vez. Caminhando pelas fortes gotículas de chuva ele encontrou Estrela próxima às montanhas, extremamente longe de onde deveria estar, para sua sorte ela não deu muitos trabalhos para voltar para casa; contudo, estava longe o suficiente para que Madara passase por um longo período na chuva.
- Sabe, ela é um cavalo bem forte mas não deveria estar tão arisca, Lorde Uchiha! - o cuidador de cavalos Hector era um velho conhecido da família, passou a trabalhar para Madara assim que o rei despensou seus serviços por estar muito velho, Madara sempre o viu como um amigo então o contratou para que pudesse ter um trabalho sem muito contato braçal. Se importava com as pessoas que trabalhavam no castelo quando era jovem, assim como Chiyo, seus conselhos eram sempre considerados - Pelo pouco que conheço, as potras ficam assim quando estão em seu período púbere. Se não afastá-la de Pesadelo provavelmente terá belos presentes daqui doze ou treze meses!
- Deixe-os separados então, não acho que seja uma boa ideia por hora!
- Como queira! - fez uma breve reverência e deixou que Madara por fim voltasse para dentro de sua residência.
Da janela da sala Sakura pôde vê-los conversarem ainda no estábulo, também viu seu esposo correr na chuva de volta para casa, e como o esperado, o ouviu tossir assim que passou pela porta, uma tosse fraca mas que poderia trazer sérias consequências. Estava de pé com os braços cruzados pronta para lhe afirmar - " Eu avisei!" - com todas as letras, mas bastou um olhar para que ele mesmo pronunciasse a frase "Eu sei!" antes que ela se auto glorificasse.
