Uma Garota Discriminada [COMPLETO]

3.3

Vamos tornar isso público, vamos levá-lo para fora.

- Yonaka.

Estou andando de um lado para o outro há exatos 15 minutos, que foi quando Ana entrou naquela maldita sala de interrogatório. Nem passou pela minha cabeça a possibilidade daquela garota ter sido assassinada, para mim, ela só havia caído por estar bêbada, e tido o azar de bater a cabeça e morrer.

Vejo Evangeline vindo em minha direção, com um olhar assustado, mas eu já não sei se é ou não encenação. Ela me abraça e segura o meu rosto entre as mãos pequenas.

— Você está bem? 

Line acaricia a minha bochecha com o polegar e seguro em suas mãos, impedindo-a de continuar.

— Por que disse que eu e Ana fomos os únicos que saímos antes da polícia, Evangeline? — pergunto, olhando em seus olhos verdes.

— Eles me interrogaram, Jacob. Eu era a dona da festa, o que você queria? Que eu mentisse por você? — ela questiona, com a voz firme.

— Não, mas gostaria que tivesse buscado na memória que a Courtney estava indo embora também!

— Não me lembro disso. — Ela dá de ombros.

— Você lembraria se não deixasse o ciúme te possuir — sugiro e saio de perto dela, indo até o bebedouro e pegando um copo d'água.

Zayn se aproxima de mim, junto com o Flynn. Os dois ficam em silêncio por alguns minutos, tentando respeitar o meu espaço ou algo do gênero. Respiro fundo e me encosto na parede atrás de mim, exausto. As aulas mal começaram e já estamos com problemas piores do que nos anos anteriores.

Lembro-me de que na última festa da Evangeline, Lisa foi presa temporariamente por dirigir bêbada e quase bater em um carro. E então, lembro-me de Lisa e me lembro de que esqueci completamente de passar na casa dela para ver se ela precisava de alguma coisa, como estava. Merda!

— Alguém teve notícias da Lisa? — pergunto e eles se entreolham.

— Henry não foi pra festa porque ficou a noite inteira com ela — Flynn avisa e eu confirmo com a cabeça.

— Talvez ela volte para a escola na semana que vem ou vai ser internada em um hospital psiquiátrico — Zayn conta.

— Por que hospital psiquiátrico?

— A mãe dela não sabe mais o que fazer e acha que é a única solução — Flynn dá de ombros e eu os encaro, incrédulo.

— Merda. Ela precisa de ajuda, não de pessoas julgando que ela ficou louca.