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Liz narrando

Após ser levada pelo braço céu acima, ele me levou pra cima de uns carros que estavam em andamento, em volta só havia árvores, ele me colocou em cima de um e depois pousou, dando 3 batidas no teto do carro, ele foi parando pra encostar no acostamento, após parar de vez, ele saltou, indo pros fundos do carro e abrindo o porta-malas, pegou algo que só consegui enxergar o que era, após ele fechar novamente, eram cordas e um pano longo, ele voltou a erguer voou e foi pra cima do teto, onde eu continuava estar, ele se abaixou e envolveu minhas pernas em uma das cordas, dando um laço

Rafael: Acho bom você ficar quietinha querida, é o melhor para você

Ele soava frio, com as palavras carregadas de raiva, sendo que eu não entendia o que tinha feito para ele, ele juntou as minhas mãos com força e apertou elas, que me fex grunir de dor, ele amarrou elas assim como fez com as pernas e depois passou o tecido em volta dos meus olhos, os tapando, segurou pelo meu braço e senti ele erguer voou até bater com meus pés no chão, ele me empurrou para dentro do carro e eu sentei

Só esperava que o Jace me encontrasse logo... E o mais importante, que minha filha estivesse bem...

Assim que eu ouvi o som do carro estacionar depois de longas horas dentro dele

Rafael: Podem voltar pra o prédio central, mas não digam um piu sobre ela estar comigo, quero um tempo primeiro antes de mata-la

XxX: E o que iremos dizer sobre a operação de hoje?

Rafael: Apenas digam sobre tudo, menos que a raptei, finjam que ela conseguiu escapar junto

XxX: O que vai fazer com ela?

Rafael: Não é da sua conta - disse ríspido - irei ficar na casa de fundo da base, e vocês ficam na central, minha responsabilidade, depois a mato e informo.

XxX: Certo mas a responsabilidade é sua!

Rafael: Pode deixar - ele riu, de uma forma nada agradável

Ouvi o som da porta se abrindo e depois fechando e depois mais um, ouvi a do meu lado abrir e ele me puxou pelo braço pra fora do carro, fechando a porta com tudo, me pegou pela cintura e me jogou sobre o ombro, dando um tapão na minha coxa, que me fez grunir de dor novamente

Rafael: Se acostuma com a dor, você vai sentir ela muito até morrer - eu gelei e ele riu

Liz: Tenho certeza que o Jace me achará - ele riu novamente

Rafael: Vai sonhando

Eu comecei a berrar enquanto ele caminhava e ele me jogou no chão com tudo, ouvi o som de um rasgo e depois ele enfiou todo na minha boca, voltando a me pegar e me por sobre o ombro, me debatia e grunia o máximo que conseguia e ele ria, até depois de um tempo ouvi o som de uma porta se abrindo e depois fechando, o som de madeira quando se vai pisando sobre ela e aí ele me jogou na cadeira, bati com a coluna com força nela, o que me fez grunir novamente, ele tirou a mordaça e a venda dos meus olhos

Rafael: Bem vinda ao seu novo lar

Liz: SOCORRO!! - gritei alto o máximo que conseguia e ele riu

Rafael: Pode gritar a vontade, meu anjo, NINGUÉM vai te ouvir aqui - gelei novamente, meus olhos se encheram de lágrimas mas engoli para não por pra fora

Liz: O que você vai fazer comigo?

Rafael: Você verá

Ele riu novamente e foi saindo, ouvi o som da porta se abrindo e depois fechando, me abaixei e tirei a amarração das minhas pernas, levantei e olhei em volta, tinha uma cama de solteiro que parecia bem desconfortável, uma mesa de madeira, além da cadeira que estava sentada, mais duas espalhadas pelo ambiente, tinha uma pequena janela sobre a cama mas era totalmente gradeada, subi na cama e segurei nas grades, a segurando com força e sacudindo, não saia, estiquei a mão pra fora e levei um choque que queimou a ponta dos meus dedos, ótimo, a casa é envolvido com cerca elétrica, fui em direção a uma porta que tinha ali e só dava acesso ao um banheiro, tinha apenas uma pia, um vaso e um chuveiro aberto, banheiro totalmente pequeno, sai novamente e fui em direção a porta que ele havia saído, trancada

Liz: Que merda! - gritei

Estava presa...

Algumas horas se passaram e ele voltou, estava com um prato na mão e um copo de água, fechou a porta com o pé e colocou sobre a mesa a comida

Rafael: Eu sugiro que coma, porque você vai precisar - olhei pra ele desconfiada - não tem veneno, quero você viva para aguentar - ele riu novamente e foi saindo

Se passou dois dias, ele me trazia comida e depois ia embora, ele me trazia uma vez ao dia, mas pelo menos era uma marmita enorme de 1100ml, então dava pra eu comer e deixar pra comer mais tarde até ele trazer de novo, a cada tempo que passava era angustiante, imaginar o que ele iria fazer comigo, porque me prendeu ali, como estava todo mundo, como estava a minha neném, nunca tinha passado muito tempo longe dela, nunca, eu sentia falta de todo mundo, dela, do Jace, da Gab, da Jes, do Gus, até da Karol, e da Lilica... Meu luto por ela estava me consumindo a dias, eu chorava bastante e me recompunha o máximo que conseguia antes do Rafael aparecer, para não demonstrar fraqueza... Já era ruim estar presa aqui, estar presa e em luto, matava toda minha saúde mental que já estava bem abalada desde que conheci esse mundo que eu nunca imaginaria, o dos fairy...

Estava difícil lidar com aquilo ali mas teria que ser forte pela Tinker, pelo Jace, por todo o resto e por mim mesma... Precisava manter a fé que sairia dali, VIVA...

O Fairy In My LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora