15| Green hair

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(Boa leitura!)

Anteriormente...

  Antes que ele pudesse se aproximar, fechei os olhos, e me encolhi ainda segurando na jaqueta do garoto de cabelos esverdeados.

—Se você, ou qualquer um de seus amigos babacas, encostarem um dedo nela...Vocês terão o mesmo destino que você sabe quem. Vai querer relembrar? Ou prefere sair bem sem dizer uma palavra a ninguém?

  O garoto que antes me torturava permaneceu em silêncio, mas, eu ouvi o barulho de seus sapatos quando o mesmo começou a correr para longe de nós. Só assim pude abrir os meus olhos ainda um pouco receosa.

—Já pode soltar minha jaqueta, garota. —Sua voz ainda soava ríspida.

—Me desculpa. Muito obrigada por ter me ajudado. —Soltei sua jaqueta, e me distanciei um pouco.

  Ele ainda se mantinha de costas para mim. Por um tempo esperei que falasse alguma coisa. Mas, a única coisa que ouvi foi sua respiração.
  Visto que o garoto não iria falar, apenas comecei a andar na direção oposta da festa, tentando não colocar muito peso no pé que havia sido torcido.

—Hey! O que você está fazendo? —Sua voz agora estava em um tom mais elevado por conta da distância.

—Você me salvou, então vou tentar voltar pra casa. —Respondi sem parar os meus passos.

—Desse jeito não vai chegar nunca! Sem contar que está toda suja, molhada, fedendo a álcool, e descabelada. Com certeza vai assustar algumas pessoas no caminho.

—Obrigada pelos elogios, mas depois do que aconteceu isso é o de menos.

  Novamente o garoto de cabelos verdes ficou em silêncio. E eu ia seguir meu caminho, se não tivesse ouvido passos dele correndo até mim e parando em minha frente de costas.

—Sobe, e fica em silêncio. —Ele se abaixou um pouco para que eu pudesse subir em suas costas, mas, eu hesitei.

—Não precisa, você já me ajudou o suficiente, e estou grata por isso. Sem contar que eu devo ser um pouco pesada.

—Seria leve só se fosse uma pena. Sobe, e não pronuncie uma palavra.

  Ponderei um pouco antes de ir, mas, acabei subindo, já que o mesmo tinha razão. Com esses passos, mancando, e com dores eu não chegaria nunca até o dormitório.

  Eu queria agradecer mais uma vez, mas, resolvi fazer o que ele disse, e ficar quieta. Podia ouvir sua respiração ficando um pouco ofegante depois de um tempo, mas ele não dizia nem uma palavra, também não fazia sinal de que iria parar para descansar.

  Mas, logo outra coisa me chamou a atenção.

—Que caminho é esse?

—Achei que tivesse dito para ficar em silêncio.

—Eu ficaria se soubesse para onde está me levando. —Respondi de imediato, e pude ouvir um suspiro vindo dele.

—Não vou te sequestrar se é isso que está pensando. Eu nem tenho o que fazer com você! Apenas continue como estava, depois eu te levo até sua casa.

—Como posso ter certeza de que está falando a verdade? —Indaguei.

—Você tem apenas duas opções. Ou você vem comigo, ou eu te deixo aqui no meio do nada! E se não está nem com seus sapatos, imagino que não esteja com um celular também...Certo?

  É, ele está certo. Eu nem teria para onde correr. Apenas suspirei pesadamente, e voltei ao silêncio de antes.

  Depois de me carregar por mais alguns minutos, chegamos a uma linha de trem. Estava tudo escuro, mas, ele parecia conhecer bem o caminho. Eu não sei o porquê de estar acreditando em suas palavras, mas eu nem tinha mais o que fazer.

Imagine Bts- StalkerWhere stories live. Discover now