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-Vinnie,faz dois dias que você não me liga. - Reclamei assim que Hacker atendeu o celular, nós não havíamos nos falado muito e na escola, nossa conversa era algo super rápido, eu chegava em casa achando que ia receber pelo menos uma ligação com Vinnie justificando sua ausência, mas não, e foi assim por dois dias.
- Uh, Destiny... - Sua voz era fraca. - Desculpa, é que eu ando ocupado, mas nada mudou.
- Posso saber o motivo dessa ocupação toda? - Perguntei desconfiada.
- Negócios com a gangue, eu estou envolvido demais com os Canadians, estamos planejando uns bagulhos e tal e também estamos abrindo uma boate nova... Clandestinamente, claro. Então o bagulho é muito mais perigoso e temos que ter muito mais cuidado. Desculpa, Desty.
- Por que não me falou antes?
- Porra, eu não estou com tempo para nada, ultimamente.
- Não me ama mais? - Fui dramática.
- Não fala merda, Destiny. Puta que pariu. Porra, minha cabeça parece que vai explodir e daqui à pouco eu tenho que colar lá no casarão.
- Deixa eu ir com você?
- Óbvio que não, você nos negócios dos Canadians é merda na certa.
- Mas eu quero te ver, por favor. - Implorei. - Meu pai vai voltar tarde e eu não quero ficar aqui sozinha.
- Nick vai passar aí para deixar Angel com a minha mãe, aproveita e fica com ela também, ou se quiser ela pode até ficar aí. - Vinnie disse simples.
- Como você é chato, que caralho mesmo. - Resmunguei. - Tchau, Hacker. Me ligue quando lembrar que tem uma namorada. - Desliguei e... sorri. Nick iria deixar Angel com Mary, então, com certeza depois ele iria para o tal casarão, o qual eu tinha uma curiosidade enorme em conhecer, simples, era só eu convencer Nick à me levar.
Fui correndo para o banheiro tomar um banho rápido, assim que saí coloquei uma calça jeans justa e um moletom qualquer, terminei de me arrumar, peguei o celular e desci as escadas correndo, saí de casa, tranquei a porta e quando dei-me conta, eu já estava na frente da casa de Maria. Bati na porta.
- Desty. - Ela sorriu.
- Nick já veio deixar Angel aqui? - Perguntei enquanto entrava.
- Você está vendo alguma criança por aqui? - Ela riu.
- Seu corte foi recebido com sucesso. - Falei e nós rimos, sentei-me no sofá e nós ficamos falando sobre coisas tolas. Mary tocou no nome de Hacker e eu falei todas as coisas ruins que ele era, a deixando apavorada, mas um sorriso abriu em sua face assim que eu disse que eu realmente o amava de verdade.
- Isso que é amor. - Maria disse. - Você realmente é uma garota de ouro, é difícil domar Vincent.
- Eu que o diga. - Falei. - Mas e aí, como vai você e o chato do meu pai? Nossa, que homem que fica mais chato á cada dia.
