Capítulo 83 - Tenho orgulho de mim mesma

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@nia_escarlate

Eu sentia todo o meu corpo nas nuvens, tinha tempo que eu não gozava dessa maneira

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Eu sentia todo o meu corpo nas nuvens, tinha tempo que eu não gozava dessa maneira. Poderia até dizer que alcancei um orgasmo ali ontem, naquela cama. Eu tomava um xicara de chá bem quente enquanto olhava o céu amanhecendo.

Eu tinha dito que o amava, só não havia sido no mesmo instante e nem sabia se ele tinha ouvido. Eu já estava de olhos fechados, corpo relaxado e olhos pesados. Posso ter apenas pensado e não ter dito.

— Bom dia.

Eu olho para a loira ao meu lado. Ela estava com um dos seus robes caros, mas parecia que não havia dormido nada bem.

— Posso sentar? — a voz da Valentina estava calma, mas bem lá no fundo alguma coisa estava acontecendo.

— Claro.

Eu chego para o lado e ela se senta ali quieta. Ela rodava no pulso uma joia que nunca tirava, era uma joia de prata com umas pedras azuis brilhantes e grandes. Eu sabia que ela tinha um colar e um anel com esse mesmo material, Ananda disse que valiam uma fortuna.

— Não nos falamos desde que voltou...

— Não acho que tenha nada para falar para você, Valentina. Eu... não quero correr o risco de ser manipulada por você de novo. Eu estou bem, saudável, feliz... me encaixando novamente.

— Eu estou feliz por você, Antonella. Acredite, eu estou mesmo. Nunca te desejei mal, sempre quis o seu melhor sempre, tudo o que eu fiz...

— Todo mal que causou com suas mentiras, manipulações e segredos só me afastaram ainda mais de você. Tudo o que eu queria era que não tivesse me afastado, que tivesse me mantido ao seu lado.

— Tudo que eu fiz foi para te proteger!

— Me proteger de quem? Do que? Me conta para que eu entenda.

Ela abre a boca para falar alguma coisa, mas nada sai. Eu me viro novamente observando o nascer do sol, não ia a forçar falar, mas tudo que vinha dela era tão angustiante.

— Por que inventou todas as aquelas coisas sobre o Bernardo para mim? — eu a encarava, por diversos anos Valentina foi uma incógnita para mim, eu não a entendia, mas a respeitava.

Eu sentia pena as vezes dela, não tinha mais ninguém e os poucos que tinha tentava afastar dela mesma. Talvez ela quisesse dizer toda a verdade de uma vez por todas, cuspir tudo, se aliviar de toda dor, mas sempre havia mais uma corrente que a mantinha presa no lugar.

Essas correntes eram a mentira. Uma mentira cobria a outra mentira e assim foi por tantos anos que eu acredito que ela nem lembre mais o que é a verdade. Quanto mais se iludia e se contentava com as mentiras, mas ela se afundava.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Where stories live. Discover now