Odeio amar você

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Eu estava sentindo muita raiva; era como se meu corpo fosse eclodir em chamas. Meus batimentos estavam irregulares, e a minha respiração entrecortada.

— Quando ele fez isso? — Pergunto ao Hashirama, que me olhava com tristeza.

Ele respira fundo, estralando os nós dos dedos das mãos.

— Faz dez minutos. — Hashirama pega a folha de cima de sua mesa e me estende.

Meus olhos percorrem rapidamente os 100 nomes dos Uchihas assinados ali. Meu pai, juntamente com Akashi, fizeram um abaixo assinado para me tirarem da liderança do clã.

— Eu pensei que depois daquela luta... Eles podem fazer isso? — Tento me manter calma, explodir com Hashirama não levaria a nada, ele não tinha culpa.

Mas sim aqueles dois... Já que eu não estava mais na liderança, pouco importava o que eu fazia ou deixava de fazer.

— Nunca havia acontecido isso antes... — Hashirama falava pausadamente, como se estivesse tendo cautela com as palavras que usava. — Eles disseram que sua saúde mental estava instável, e era perigoso ter uma líder assim.

Cerro os punhos, respirando fundo.

— Então... Eu tentei falar com eles, eu tenho muita fé em você Masumi, mas não consegui fazer nada.

Dou um sorriso, devolvendo a folha de papel para Hashirama.

— Obrigada por tanto... Mas, quem é que vai assumir agora? — Pergunto sentindo o amargor em minha boca.

— Akashi.

Me retenho, tentando focalizar a minha raiva em outra coisa. Por alguns segundos tentei pensar em arco-íris, talvez em coelhos, mas não adiantou muito. Eu estava com muita, muita raiva.

— Mas ele não vai... Não vai mesmo. Só por cima do meu cadáver.

Hashirama tenta disfarçar um sorriso, pigarreando.

— Então... Eu estarei aguardando por mais informações.

Faço uma reverência, saindo da sala do Hokage.

Começo a andar em passos pesados pelo local, respirando profundamente.

Aquele vermes acham que eles são o que? Não... Akashi volta querendo tudo de volta, ainda mais a minha liderança, mas eu não vou deixar. Eu estava com vontade de enfiar a minha mão em seu peito e arrancar seu coração fora, era o que ele merecia.

Antes que eu pudesse continuar meus pensamentos de como acabar com o meu pai e Akashi, esbarro em algo duro.

— Masumi? — A voz de Tobirama faz meus músculos se enrijecerem.

Depois do nosso beijo nós não tínhamos nos encontrado mais... E com tudo o que está acontecendo, não consegui pensar muito sobre o assunto.

Arregalo os olhos, engolindo em seco.

Por um momento minha raiva foi embora, sendo substituída por vergonha.

— É... O-oi! — Balbucio, levantando a cabeça e dando um passo para trás.

— Por que você está com essa cara? Parece que comeu alguma coisa estragada.

Franzo a sobrancelha, me endireitando e olhando fixamente para o Senju em minha frente.

Seus cabelos estavam bagunçados... Os traços de seu rosto eram perfeitos.... Mas essa imagem foi substituída por aquele rosto, o rosto nojento de Akashi.

— Não é da sua conta! — Dou um passo, mas Tobirama entra na minha frente.

— O que está acontecendo? — Ele sibila, fazendo os pelos do meu corpo se arrepiarem.