Meu querido Hokage (Imagine Kakashi)+18

"Preciso partir!"

Eu acordo numa sala clara e iluminada, haviam pessoas de branco em todos os lugares, foi quando percebi. Estava no hospital.

Tento me levantar, mas Sakura me diz para ficar quieta, pois eu não havia me recuperado.

_Sakura-san... Quanto tempo eu dormi?_

_Hoje faz 3 dias!_

TRÊS DIAS? Eu me permito levantar e sentar na cama.

_Kakashi-kun?_

_Ele está aqui também. Estava ferido quando o encontrei. Parecia que algo com garras haviam rasgado suas costas, e por sorte, uma delas cortou por cima da cicatriz em seu olho, mas foi só de raspão.

Ele não havia se machucado contra os bandidos... Isso só significava uma coisa...

_Ele disse que os bandidos estavam usando cães ninjas. Mas ele estava acabado, sem chacra e muito machucado._

Sakura me olha e vê que eu não estava bem.

_Sabe... Pacientes fogem o tempo todo de seus quartos, e quando vestem suas roupas que por acaso ficam naquele armário, fica quase impossível de acha-los.

Meu olhos brilham, e Sakura pisca para mim saindo do quarto. Eu rapidamente pego minhas roupas e visto. Meu colar despedaçado estava lá, mas não dei muita atenção a ele e o joguei dentro do bolso. Tive que despistar alguns médicos, mas finalmente consegui chegar a sala de Kakashi.

Ele estava todo enfaixado, parecia muito ferido

Seu coração estava constante no aparelho, mas batia fraco e deprimido. Lágrimas fervorosas descem pelo o meu rosto. Eu havia feito aquilo... Machuquei meu melhor amigo, a pessoa que eu amo. Antes mesmo de me dar conta, meus pés se mexem sozinhos, mas vejo Kakashi olhar para mim antes de eu sair correndo. Eu já estava fora do hospital, mas não pararia até chegar em casa.

Praticamente arrombo a porta para entrar, as lágrimas descendo sem parar nem pedindo licença. Tirei minhas roupas e fui pro banheiro tomar um banho frio. Apenas sentei em baixo do chuveiro, esperando que minhas lágrimas quentes se misturassem com a água gelada. Fiquei no chuveiro até enrrugar meus dedos, pelo menos eu havia conseguido me acalmar. Olho para minhas roupas no chão, e vejo algo brilhante saindo do meu short. Meu colar, o pego para jogar fora, quando vejo que dentro dele havia um papel pequeno e enrolado. O coloco em cima da pia e só o pego de novo quando estou pronta para deitar. A cada palavra daquele papel, minha barriga gelava e meu coração batia muito mais rápido.

*Eu posso te ajudar. Siga seu coração e me achará*

Olhei para o relógio, 23:45. Eu apenas dormiria para descansar, e antes de amanhecer, eu partiria da vila da Folha. Sim, eu sabia que assim que passasse do portão sem permissão, eu seria uma renegada. Mas quase matei a pessoa que amo, e pra mim não havia castigo maior.

Tentei dormir, mas no máximo tirei cochilos entre intervalos. Já se passavam das 04:30. O horário perfeito, os guardas estariam sonolentos, e eu pularia os muros sem dificuldade. Minha mochila estava arrumada, e eu, pronta. Minha mão estava na maçaneta, mas ao abrir a porta, meus olhos se arrega-lam.

_Não lembro de ter te dado nenhuma missão pra hoje!_

_Ka-kashi-sama... O que esta fazendo aqui?

_Te vi correndo do hospital, mas nenhum deles me deixou sair, e eu não estava em minha melhor forma pra despista-los.

Eu abaixo a cabeça e o olhar, minhas mãos suavam frio. Ele inclina um pouco a cabeça, vendo minha mochila.

_Você... Não está indo abandonar a vila... está?

_Eu preciso ir-

_Não pode simplesmente fugir dos seus problemas... O que foi aquilo?

Eu via dor em seus olhos, ele parecia querer me abraçar, mas um sentimento o impedia. Medo. Ver medo em seus olhos foi pior do que qualquer facada.

_Kakashi-sama... Por favor.

Ele não queria abrir passagem, e eu o encarava.

_Me diz, S/N! O que era aquilo? Seus olhos... estavam negros. Você não era mais a mesma!

_SAIA DA MINHA FRENTE!

Meus olhos ficam escuros, mas foi por um breve momento, mas rápido o suficiente para se Kakashi se afastar de mim. Lágrimas teimosas ameaçam cair de meus olhos.

_ Por que não confia em mim? Eu posso te ajudar... a resolver essa coisa! Mas você precisa me contar o que está acontecendo com você. Não vá embora de novo, sem me dar explicações. Eu posso te ajudar. Procuro os melhores médicos e exorcistas que existirem. Só não me deixa por favor. Primeiro meu pai, Rin, depois Minato, Obito... E agora você? Vocês pra mim são como poemas... Eu vi cada linha se apagar diante de meus olhos. Você foi a única que sobrou... Por favor, S/N... Fica comigo, não seja uma renegada. Mesmo vendo tudo que vi... Eu ainda te...

Ele não terminou a frase, não coube em suas palavras. Provavelmente estava remoendo o fato de tudo que viu, era eu. Com lágrimas nos olhos, ele me estende a mão.

_Por favor... Não me abandona ok? Estou aqui por que você é uma ótima amiga e companheira. Não quero te ver partir.

Eu seguro sua mão, e vejo ele sorrir. Sua guarda estava baixa, era a hora. Com um movimento rápido me pus atrás dele.

_Me perdoa. Mas não vou permitir que um simples poema atrapalhe sua história.

Dou um baque no ponto certo, o fazendo desmaiar, mas antes que se esborrache no chão, me ponho abaixo dele. Ele era pesado, mas mesmo assim o levei para meu quarto e o deitei em minha cama. _*Não vou mais te machucar.*_

Antes de sair, abaixo sua máscara e dou um beijo em seus lábios. Eu não sentiria aquela sensação por um tempo. Eu já estava perto da porta quando olhei pra trás.

_Não se preocupe. Eu ainda voltarei pra você. Mas dessa vez, sinto que só te machucaria ficando aqui!_

Fecho a porta e pulo o muro de Konoha, e quando estava longe o suficiente olhei pra trás. O sol se levantava, fazendo Konoha brilhar... Mas meus olhos só conseguiram ver escuridão. Aperto o colar e o papel em minha mão. Acharia aquele senhora de qualquer jeito, e voltaria para os braços de quem amo.

Corro pelo amanhecer, sendo acompanhada pelo brilho do sol que mandava a escuridão embora.