Sangue e Poder [YoonMin]

Introdução

Boa tarde, meus amores!

Esse conto vampiresco é um pouco diferente do que eu tô acostumada a fazer.
Pra início de conversa, ele não é romance, segundo que ele será narrado pelo Jimin. Algo que eu acredito nunca ter feito.

É uma história de guerra medieval, onde sangue definia muitas coisas. Sendo ele derramado ou se tratando de família.

Espero que gostem, fiquem com a introdução 💙

》>♟<《

REI PARK JIMIN

Bebi o sétimo cálice de vinho naquela noite.

As sombras que chegavam cada vez mais perto de minhas terras me assustavam como nada antes me causou temor.

Quando meu pai me contou sobre os ataques em outro continente, eu não imaginei que um dia teria que lidar com tal situação pessoalmente. Sempre me pareceu distante demais, quase uma lenda, a qual eu me negava a crer.

No entanto, conforme os anos de minha infância iam embora, o terror se aproximava. E agora, que sou um homem, ele está quase à minha frente.

Por muito tempo ouvimos notícias de um rei, um conquistador que não conhecia um exército capaz de pará-lo. Todos os que o encontraram pereceram, e os que ainda não tinham o encontrado temiam ter o mesmo fim.

Eu, por enquanto, estive esperando que alguém, algum reino mais antigo, pudesse destruí-lo antes de chegar até nós, mas não aconteceu, e agora cabe a mim acabar com esse mal.

Vi Taehyung entrando apressado na sala do Conselho, provavelmente preocupado com minha vida, o meu melhor amigo.

— Jimin, por deus — disse ele, tomando o cálice da minha mão, como se ele pudesse mandar no rei.

Meu pai havia morrido um pouco antes, um ano, mais ou menos, e ele mesmo já estava preocupado comigo. Agora, Taehyung fazia esse papel, e eu gostava, não vou mentir, gostava de ter alguém com quem contar.

— Me deixe beber, Tae, apenas hoje, irmão — pedi a ele, mas ele não ligou, me oferecendo um copo d’água.

— Não é hora de beber, querido amigo. Trouxe notícias não muito boas.

— Me surpreenderia se fossem notícias agradáveis.

O Kim riu fraco; aparentemente, minha desgraça era divertida. Ele me puxou pelos ombros, fazendo-me sentar adequadamente e eu senti meus músculos reclamando.

— Você está se entregando antes mesmo de lutar — repreendeu-me.

— Não estou. Eu sei muito bem o que devo fazer, estou apenas aproveitando o que pode ser meu último dia de paz.

— Ele está vindo, hyung. O mensageiro voltou agora há pouco — informou-me, mas eu já imaginava. Eu poderia ter certeza pelo arrepio que subiu por minha coluna.

— A que distância? — perguntei, apenas para me organizar melhor.

— Duas semanas, no máximo.

Taehyung estava parado à minha frente, conseguia ver sua aflição pela palidez de seu rosto naturalmente bronzeado.

— Não se preocupe, vou preparar os exércitos.

— Temo que não seja o suficiente, hyung — falou com sinceridade.

Aquela era uma das características que eu mais amava em Taehyung, ele era sincero e confiável, e quando se é rei, é difícil encontrar pessoas assim.
Eu também estava preocupado de não ter o suficiente, a propósito, mas o que eu podia fazer quando meu povo precisava ser protegido?