3º - My Mom's Boyfriend

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Desci as escadas lentamente, sem ânimo nenhum, por mais que fosse sexta-feira. Revirei os olhos ao chegar na sala de jantar e ver os dois tomando café-da-manhã.

— Bom dia, mamãe e papai — cumprimentei-os com a voz carregada de sarcasmo, dando o meu melhor sorriso falso.

— Bom dia, filha. — Minha mãe disse ignorando o meu mau-humor.

Sentei-me ao seu lado, encarando seu namorado do outro lado da mesa. Após meu pai trair a mulher que me deu à luz, ela desencanou totalmente de relacionamentos sérios e então ficava com garotos anos mais novos que ela. Por mais que tivesse trinte e sete anos, não aparentava, ela sempre se cuidou muito.

O namorado da vez se chamava Zayn Malik. Tinha seus vinte e cinco anos e trabalhava na mesma empresa que Katie, minha mãe. Já tinha encontrado Zayn em uma balada, ele realmente chamava muita atenção, não só pela sua beleza encantadora, mas também pelo seu charme sedutor. Tinha me dado super bem com ele naquela balada e me senti atraída pelo moreno – e quem não ficaria? –, obviamente que tinha em mente que ele era namorado da minha mãe, logo não tínhamos nada a ver.

— Nossa, Bea, você está com olheiras — comentou Zayn sem pretensão.

Ele sempre tentava puxar assunto comigo, para fazer uma média para sua namorada, mas dessa vez ele tinha feito o comentário errado.

— Mas é óbvio que eu estou com olheiras! — disse com a voz alta. — Vocês não me deixam dormir, vocês não têm a noção que tem outra pessoa na casa e que não está tudo bem gemer alto — continuei exasperada.

Minha mãe olhou-me incrédula. Ela queria me matar. Mas eu estava irritada, fazia quase uma semana que eu não dormia a noite, sim, eles acordavam as três da manhã para transar. Isso me fazia pensar que Zayn deveria foder muito bem, porque nunca tinha visto, ou melhor, ouvido minha mãe fazer sexo tantas vezes em uma noite.

— Beatrice, eu ainda sou sua mãe e exijo respeito. — Katie disse com o semblante sério. — Você está bem grandinha para ficar de castigo, eu acredito. Mas se continuar com essa falta de educação você ficará sem computador, sem celular e sem amigas.

Por um momento deixei a irritação de lado e temi. Fazia algum tempo que não levava uma bronca dessas. Odiei que fizera na frente de seu namoradinho, mas não tinha como protestar.

Calei-me totalmente e tomei meu café sem olhá-los nem por um segundo.

— Amor, você pode levar Bea para a escola? — indagou minha mãe para o moreno que lia um jornal, senti-me sentada com o meu avô após ver aquela cena. — Houve uma emergência em uma das obras, preciso ir o mais rápido possível.

A mais velha levantou-se da cadeira que estava sentada e foi até o garoto, arrancando-lhe um beijo molhado. Revirei os olhos. Eles só podiam estar zoando com a minha cara.

— Ei! — exclamei com uma sobrancelha arqueada. Minha mãe me olhou semicerrando os olhos. — Não preciso que Zayn me leve! — soltei querendo dizer que eu possuía uma habilitação.

— Tudo bem. Zayn não precisa gastar gasolina, pelo jeito minha filha vai de ônibus. — Minha mãe ignorou minhas intenções de ir de carro e fez graça de mim.

— Não! Eu tenho uma carteira de motorista, posso muito bem ir de carro. — Defendi meus direitos.

— Com que carro? Eu vou com o meu agora e Zayn vai com o dele, que sobram o total de zero carro para senhora Beatrice dirigir. — Ela continuou fazendo graça. Até o jeito que ela falava era de alguém mais jovem.

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