XVII - Iara

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I.

Quando conheci Harry, pensei que eram altas as chances de passar a noite com ele, quando o vi se atrapalhar em suas próprias palavras, percebi que aquele jeitão desapegado era muito mais pose do que personalidade. Meu ponto fraco em caras bonitos com um jeitão extrovertido foi acertado em cheio quando ele buscou palavras bonitinhas para me chamar para transar. Harry é o tipo que chega de mansinho, te come em todas as posições possíveis, te faz querer mais e entra no seu coração com um pedido de "desculpa", mas permanece ali encolhidinho recintando como você é bonita em todos as esferas. Ele nos induzia inconscientemente ansiar por seu cheiro e seu toque, suas mãos firmes e carregadas de devoção. Quando seu toque sorrateiro saboreia meu corpo enquanto seus lábios terminam de me enfeitiçar, minhas pernas desmancham. Ele me tem quando seus dedos rastejam para dentro do meu vestido em encontro ao que ele realmente quer. E Harry sabe o que faz, e faz muito bem. Harry é do tipo que bebe de você a olhando nos olhos, a endeusa tocando no seu ponto mais sensível e lhe consome em fogo quando te ama. Ele também é uma mistura bagunçada de cavalheirismo libertino com menino de cidade pequena, que lhe prepara um banquete, escreve músicas sobre você, faz juras de amor e consegue o que quer, e o que ele quer está muito além do que tem embaixo de nosso vestido, esse é só mais um meio para chegar onde realmente quer. Harry Edward Styles quer seu coração, quer seu eu e até mesmo sua imperfeição. Ele não ama pela metade.

Deus o gratificou com límpidos globos verdes que faz a gente beirar a morte se assim ele quisesse. Ele poderia fazer-me humilhar pelo seu apreço, porém, me surpreendi ao tê-lo ali, posto para que eu o usasse como bem entendesse. Eu, uma desequilibrada com questões pendentes, tendo minha vida envolta da dele, que pegou-me em seu colo e fez minha morada. Harry que provavelmente já fodeu com todas as modelos da Victoria Secrets, que as tiveram assim como eu o tinha. Em minhas mãos. Queria só me divertir, transar bastante, porque era a única coisa com a qual realmente me importava, e ir embora. Entretanto, como o belo filho da puta afetuoso que é, pediu para ficar, chegou pedindo um pouco de minha atenção, aceitei e estou pagando o preço por isso. O preço de abrigar Harry Styles é o amar no fim. Amar seu charme brega inglês que mistura calças pantacourt com blusinhas obscenas, colar de pérolas e ecobags. Harry só externava a bagunça que era. 

Fomos ao estúdio de piercings e tatuagens do seu amigo, Harry havia me prometido que iria me trazer para fazer uma tatuagem desde o primeiro dia que nos conhecemos. Stuart, o tatuador, tinha quase o dobro da altura de Harry e tinha uma cara de bravo que se diluía quando seu sorriso aparecia. Harry e o amigo cumprimentaram-se, abraçando depois. Eles aparentavam ter uma amizade longa e boa. Nos cumprimentamos e ele mostrou-me o rascunho da tatuagem, estava a coisa mais linda do mundo. 

— Tem certeza que quer fazer uma coisa tão grande assim? — Harry perguntou agoniado, seu modo de proteção era alto demais para que não me questionasse.

— Eu aguento, amor. Fica tranquilo. — falei o beijando, abracei seu braço aguardando os últimos retoques do desenho.

— Você pode segurar minha mão se quiser, tá?

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